Trânsito

PM envolvido em acidente que causou a morte de criança é afastado das ruas

A corporação mudou as atividades do militar para a área administrativa e informou que ele passará por avaliação médica. A Polícia Militar destaca que o procedimento seguiu o protocolo

Edis Henrique Peres
postado em 17/08/2022 10:53 / atualizado em 17/08/2022 10:53

O policial militar Carlos Roberto de Carvalho Neto foi afastado das ruas após se envolver em um acidente, na madrugada desta terça-feira (16/8), na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB). Ele bateu na traseira de veículo que, capotou, matando Lucas Cavalcante, de 10 anos. O garotinho chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, dando entrada no Hospital de Base, inconsciente e com traumatismo cranioencefálico (TCE) grave e hemorragia intensa. 

Segundo a corporação, “o policial passará por uma avaliação médica e será alocado nas atividades administrativas”. O praça entrou na PM em 2019 e, na terça-feira (16/8), estava de folga. No momento do acidente, havia uma garrafa de cerveja aberta dentro do carro dele, um Hyundai, ao lado do freio de mão. Imagens publicadas pelo policial em uma rede social cinco horas antes da tragédia mostram ele em um bar com os amigos, em Samambaia 

Carlos Roberto saiu ileso da colisão e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Somente duas e meia tarde foi levado pelos companheiros de farda para a 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas). De lá, demorou mais cerca de 2h até que fosse encaminhado para exame clínico no Instituto de Medicina Legal (IML) por volta das 5h. O intervalo entre o sinistro de trânsito e teste clínico foi de cerca de 5h.  

Questionada sobre o fato, a PMDF respondeu ao Correio que, como houve recusa do teste de bafômetro, a equipe emitiu um auto de recusa.  “E informaram ao delegado de polícia, que solicitou o encaminhamento do motorista ao Instituto Médico Legal. O exame preliminar no IML deu negativo para embriaguez. O teste do bafômetro foi recusado no local do acidente e o tempo para executá-lo no Instituto Médico Legal não é de responsabilidade da Polícia Militar. Ressaltamos que a PMDF cumpriu todos os protocolos no atendimento da ocorrência, utilizando o tempo necessário e atuando de maneira isonômica”, garantiu.

Desespero

O pai da criança, que tem 41 anos, não sofreu ferimentos e foi levado ao hospital com crise nervosa. A mãe também foi atendida com dor no quadril. Um amigo da família, Abner Santos, de 22 anos, contou que viu o filho do casal crescer e que os familiares estão muito abalados. “O pessoal da igreja foi lá visitá-los, o pai do Lucas está desesperado, sem saber o que fazer”, relatou.

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