ELEIÇÕES 2022

Sabatina do Correio com candidatos ao Buriti será nesta quinta-feira

Correio realiza, nesta quinta-feira (18/8), às 20h30, encontro entre candidatos ao GDF, uma oportunidade para os eleitores avaliarem as propostas para saúde, segurança, educação e cidadania

Ana Isabel Mansur; Edis Henrique Peres
postado em 17/08/2022 05:57 / atualizado em 17/08/2022 05:58
Os jornalistas Rosane Garcia, Denise Rothenburg, Samanta Sallum, Gláucia Guimarães, Ana Maria Campos e Carlos Alexandre de Souza vão mediar o debate -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Os jornalistas Rosane Garcia, Denise Rothenburg, Samanta Sallum, Gláucia Guimarães, Ana Maria Campos e Carlos Alexandre de Souza vão mediar o debate - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Para manter a tradição do bom jornalismo e do compromisso com o leitor e a democracia, a equipe do Correio Braziliense trabalha para fechar os últimos detalhes do debate entre os candidatos ao Palácio do Buriti. O programa, em parceria com a TV Brasília, vai ao ar nesta quinta-feira (18/8), às 20h30, no canal da TV (HD 6.1 e Net 518) e no site e nas redes sociais do jornal.

Na sexta-feira (19/8), a edição do Correio trará a cobertura completa dos principais momentos da discussão, oportunidade para os eleitores conhecerem as propostas dos candidatos para alavancar o desenvolvimento do DF nos próximos quatro anos.

O momento é de reflexão para os brasilienses, segundo a avaliação da cientista política Camila Santos. "A população precisa pensar os debates como uma oportunidade de entender as propostas nos âmbitos econômico e social, além de estudar a cidadania proposta pelos candidatos." Para ela, o debate em meios de ampla divulgação — como a televisão, o jornal impresso, as redes sociais e a internet — garante o exercício do direito democrático, "porque atinge todas as classes sociais e possibilita que todos conheçam os pensamentos dos candidatos sobre os mais variados temas."

Consultor da Transparência Internacional, organização sem fins lucrativos que combate a corrupção, Michael Freitas Mohallem explica que a sabatina é fundamental para colocar os políticos frente a frente com os assuntos que a população quer discutir. "Às vezes, o debate parte para a agressividade, o que é lamentável. Mas, quando se detém ao confronto das posições, é essencial para tirar os candidatos da zona de conforto", observa o especialista, que destaca a importância dos elementos surpresas.

"Mesmo que o político seja preparado por sua equipe, não tem como ele se antever a tudo. É importante ver como vão se comportar diante dessas perguntas inusitadas e como vão se sair diante de temas importantes. O debate força uma tomada de decisão para a qual, em geral, os candidatos não estão preparados. Isso é algo importante para o eleitor avaliar", completa.

Os convidados

Dos 12 nomes que participam da corrida ao Buriti, sete estarão no debate do Correio e da TV Brasília desta quinta-feira (18/8): o governador Ibaneis Rocha (MDB), que busca a reeleição; o senador Izalci Lucas, da federação PSDB-Cidadania; o deputado distrital Leandro Grass (PV), da federação PT-PV-PCdoB; a assistente social Keka Bagno (Psol), da federação Psol-Rede; a senadora Leila Barros (PDT); o ex-vice-governador do DF Paulo Octávio (PSD); e o ex-secretário de Educação do DF Rafael Parente (PSB).

O debate será dividido em três blocos e um momento para considerações finais. A mediação será feita por Gláucia Guimarães, da TV Brasília, e terá participação dos jornalistas do Correio Ana Maria Campos, Carlos Alexandre de Souza, Denise Rothenburg, Rosane Garcia e Samanta Sallum. 

Participantes

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Ibaneis Rocha (MDB)

 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

Nascido em Brasília, o atual governador do DF surgiu na política em 2018, quando se lançou ao Palácio do Buriti. Surpreendeu durante a campanha eleitoral daquele ano, saindo das últimas posições para a primeira colocação no primeiro turno, com cerca de 42% dos votos, e desbancando tradicionais nomes da política. Advogado, tem 51 anos, presidiu a seccional do DF da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) de 2013 a 2015 e foi diretor do conselho federal e corregedor-geral da entidade. Quando se elegeu ao GDF, Ibaneis foi responsável por financiar, com recursos próprios, 60,7% da campanha, em um total de R$ 3,7 milhões.

Izalci Lucas (PSDB)

 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

Natural do município mineiro de Araújos, tem 66 anos e é formado em contabilidade. Foi bancário, professor e sindicalista. Deu início à vida política em 1998, quando se candidatou a deputado distrital e assumiu a primeira suplência. Em 2002, foi eleito para a Câmara Legislativa do DF, mas deixou o cargo para assumir a Secretaria de Ciência e Tecnologia a convite do então governador Joaquim Roriz. Nas eleições seguintes, ficou na primeira suplência do cargo de deputado federal e, em 2007, voltou a assumir a Secretaria de Ciência e Tecnologia — dessa vez, na gestão de José Roberto Arruda (PL). Nas eleições de 2010 e 2014, elegeu-se como deputado federal. Em 2018, chegou a ser pré-candidato do PSDB ao GDF, mas acabou se candidatando ao Senado pela primeira vez, elegendo-se com 15,3% dos votos.

 

Keka Bagno (PSol)

 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

Assistente social e nascida em Brasília, tem 34 anos e é conselheira tutelar e mestre em políticas públicas pela Universidade de Brasília (UnB). Dedicada aos movimentos sociais, atuou em trabalhos voltados para crianças e adolescentes em situação de rua e exploração sexual, ainda na universidade, e defende os direitos das mulheres, da população negra, e das crianças e adolescentes. Em 2016 e em 2019, foi eleita para o Conselho Tutelar, sendo, em 2019, a mais votada. Em 2018, foi candidata a vice-governadora na chapa de Fátima de Sousa, também do PSol. É a primeira candidata negra ao GDF e também a primeira postulante ao Buriti assumidamente gay.

 

Leandro Grass (PV)

 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
crédito: Ed Alves/CB/D.A Press

Candidato oficial do ex-presidente Lula (PT) ao GDF, foi eleito deputado distrital em 2019, nas primeiras eleições que disputou, pela Rede. Brasiliense, tem 37 anos, é formado em sociologia, com mestrado em desenvolvimento sustentável pela Universidade de Brasília (UnB), e tem experiência como pesquisador do Instituto de Governo e Políticas Públicas da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB). Foi professor no DF por 17 anos, de ensino básico e superior, tanto na rede pública quanto na particular, e é gestor cultural pela Organização dos Estados Ibero-Americanos. Na Secretaria de Educação do DF, também exerceu cargo administrativo. Filiou-se ao PV em fevereiro deste ano.

 

Leila Barros (PDT)

 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

Em 2018, a taguatinguense, hoje com 50 anos, foi a primeira senadora eleita pelo Distrito Federal, quando conquistou 18% dos votos e desbancou políticos veteranos, como o ex-governador do DF e ex-ministro da educação Cristovam Buarque. Nas eleições anteriores, candidatou-se a uma vaga na Câmara Legislativa do DF e se elegeu suplente, com 11 mil votos. Em 2015, foi convidada pelo então governador Rodrigo Rollemberg (PSB) para assumir a Secretaria de Esporte e Lazer. Jogou pela seleção brasileira de vôlei entre 1990 e 2000. Até 2003, atuou no vôlei de praia. Medalhista olímpica de bronze em Atlanta (1996) e Sydney (2000), Leila conquistou o ouro nos Jogos Pan Americanos de Winnipeg e três campeonatos do Grand Prix. 

Paulo Octávio (PSD)

 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

Empresário da construção civil e do setor imobiliário, tem 72 anos e faz parte do mesmo grupo político de Ibaneis e do ex-governador José Roberto Arruda (PL), ligados a Joaquim Roriz. Também é herdeiro político do ex-presidente Juscelino Kubitschek — é casado com Anna Christina Kubitschek, neta de JK e filha de Márcia Kubitschek, que foi vice-governadora de Roriz. Formado em direito, é natural de Lavras (MG) e foi deputado federal entre 1991 e 1995 e de 1999 a 2003. Em 2002, conquistou uma vaga para o Senado Federal e, nas eleições seguintes, elegeu-se vice-governador na chapa de Arruda. É a primeira vez que lança o nome ao GDF.

 

Rafael Parente (PSB)

 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

Fundador de empresas de educação e tecnologia, foi secretário de Educação de Ibaneis Rocha desde o início do mandato. Ele foi exonerado em agosto de 2019, após discordar do governador sobre a militarização de escolas que destoava do projeto. À época, chegou a afirmar que Ibaneis havia ido "longe demais". É doutor em educação pela Universidade de Nova York, onde foi professor assistente, e ex-subsecretário de Educação da Prefeitura do Rio de Janeiro, durante o governo de Eduardo Paes (DEM). Filho de Pedro Parente, ex-ministro da Casa Civil de Fernando Henrique Cardoso e ex-presidente da Petrobras na gestão de Michel Temer, Rafael Parente tem 45 anos e nasceu em Brasília.

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