Todo dia é especial para ser pai, mas sempre no segundo domingo de agosto a paternidade ganha um gostinho mais significativo. O Dia dos Pais é um momento de união e comunhão entre toda a família. É o dia em que o pai escolhe o que quer fazer e fica colado com as pessoas que mais ama.
Por dois anos, a data ficou prejudicada devido à pandemia. As reuniões precisaram ser evitadas, os passeios tinham de ser regrados. Mesmo em 2021, em que a situação da covid-19 estava aliviando, nem todas as famílias estavam dispostas a sair à rua ou ir a restaurantes. Este ano é diferente, apesar da pandemia ainda ser uma realidade, já é mais tranquilo comemorar a data se reunindo com as pessoas mais próximas ou até mesmo em quiosques e restaurantes.
O almoço deste domingo marcou a primeira vez em que quatro gerações da mesma família se encontraram fora de casa. Paulo Sergio dos Santos foi com os três filhos, Renan, Matheus e Drielly, almoçar e levou a mãe, Adeilde, para o passeio. Renan, por sua vez, levou a própria filha, Marcella. Assim, estavam a bisavó, o avô, os filhos e uma neta da mesma família saboreando a sobremesa — um sorvete.
Paulo acredita que é uma alegria poder sair após dois anos recluso festejando a data em casa. "Comemoramos os últimos anos em casa, é muito bom poder sair, ver pessoas e estar junto de quem a gente ama em um dia tão especial", afirma o pai e avô.
Para a família, a data é marcada por momentos bons e muitas lembranças. "Viver o Dia dos Pais com meu filho e minha neta é um momento quase nostálgico, em que eu me lembro quando eu tinha a idade dele e ele tinha a idade da minha neta", conta Paulo. "Para mim, o caminho é inverso. Eu vejo o meu pai e lembro dos nossos tempos, mas me espelho nele, vejo que quero ser como ele", completa Renan.
Esse movimento de espelhamento é o mesmo de Luigi Minardi. O jovem foi pai muito cedo, aos 20 anos, e teve que lidar com a maturidade e a responsabilidade da função de supetão. "Eu me vi numa situação muito complicada: como eu iria cuidar de alguém quando eu não conseguia nem cuidar de mim?", lembra. Foi nesse momento que ele decidiu que seguiria os passos do próprio pai, Irineu Maia, e contaria com a ajuda dele para conseguir lidar com esse lindo desafio imposto pela vida: a pequena Rafaela. "Meu pai segurou a minha mão e não me abandonou. Sem ele, eu acho que eu não teria aprendido a cuidar de mim para depois conseguir ainda cuidar de um outro alguém", conta.
Agora, a Rafa, como é chamada na família, está com três anos e vai passar o Dia dos Pais colada em Luigi na casa dos avós. "Eu sinto que tenho mais um novo amor genuíno na minha vida, pois, afinal, aprendi que família é laço de pessoas que se amam com nenhum interesse por trás", afirma Luigi, que já projeta o próprio papel no futuro. "Hoje sou grato ao meu pai. Tomara que eu consiga fazer o mesmo com minha filha", fala.
A magia que é a paternidade também arrebatou Fábio Oliveira, que curtia o terceiro Dia dos Pais ao lado do filho, o pequeno Miguel Antônio de 3 anos. "Aproveitar este dia ao lado do meu filho é maravilhoso", diz. Ele levou Miguel para um passeio no Eixão do Lazer, com direito a bicicleta. "Ser pai é uma sensação indescritível, sem dúvida, a melhor coisa que aconteceu comigo. É um amor que não se mede", afirma. Miguel também classificou o que estava achando da manhã no Eixão: "Tudo muito bem".
A data foi motivo duplo de comemoração para José Maria, que também levou a família para o Eixão do Lazer, mas por outro motivo. Ele conseguiu comprar o próprio carrinho de coco e passou o domingo trabalhando com o enteado Kauã. "É uma alegria comemorar este dia em família, ainda mais com um trabalho", comemora José. O vendedor ainda trouxe a filha mais nova, Maria Julia, de 1 ano. Ele, que já tinha o Rafael, de 12, e Kauã, de 17, pôde passar o primeiro Dia dos Pais com uma menina. "Era a alegria que faltava na nossa casa, uma menininha linda."
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