Fiscalização

Operação Petróleo Real autuou 136 postos do DF por irregularidades

Quase 600 bombas foram fiscalizadas em três dias de operação. Destes, 136 foram autuados e 38 bicos e 28 bombas foram interditados

Rafaela Martins
postado em 13/08/2022 10:16 / atualizado em 13/08/2022 10:41
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

A operação Petróleo Real vistoriou 93 postos de combustíveis no Distrito Federal entre quarta-feira (11/8) e sexta-feira (13/8). Comandada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), o órgão firmou parceria com a Secretaria de Economia, Polícia Federal, Corpo de Bombeiros Militar do DF, Procon, ANP, entre outros.

Ao todo, foram fiscalizados 93 postos e 597 bombas de abastecimento, resultando em 136 autuações. Nenhum posto de gasolina encontra-se fechado, pois no prazo de 10 dias, os donos podem argumentar sobre a notificação, e apresentarem defesa. Se multados, os proprietários podem pagar entre 1 mil e 13 milhões pelos danos causados.

Segundo o Ministério da Justiça, os principais apontamentos foram a falta transparência e publicidade de preços ao consumidor, e a entrega de combustível inferior ao adquirido. Isso ocorre quando a quantidade de gasolina está fora do limite estabelecido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), denominado “bomba baixa” — 66 bombas e bicos identificados.

Vale ressaltar que a ação também apurou a qualidade dos combustíveis, a validade dos produtos ofertados, bem como possíveis infrações administrativas e descumprimento das normas trabalhistas, ambientais, tributárias e de segurança.

Infração

O Correio apurou com os órgãos competentes quais infrações graves foram identificadas durante a operação. De acordo com o INMETRO, a constatação de lacre rompido e violado foi o maior problema.

Mas a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), revelou que a prática da bomba baixa foi a infração mais grave. Além disso, a reportagem acompanhou as investigações em um posto localizado na região administrativa de Samambaia.

Durante a operação, foi comprovado que o posto comercializava um óleo lubrificante chamado Panther. Ele não tem registro do produto na ANP e em análise de qualidade no laboratório foi considerado um produto totalmente inadequado para uso no motor dos veículos.

Segundo a Secretária de Operações Integradas (Seopi), os locais não foram divulgados pois os postos ainda têm o prazo de defesa,

Veja os números da operação:

Bombas fiscalizadas: 597
Bombas interditadas: 28
Bicos interditados: 38
Autuações: 136 (diferentes órgãos)
Testes de qualidade da ANP: 220

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação