A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga um caso de lesão corporal, injúria e ameaça que ocorreu dentro do banheiro feminino de um pagode, na madrugada de domingo (7/8), no Clube da Saúde, no Guará. Uma comissária de voo, de 40 anos, alega que foi mordida por outra mulher, de 39 anos, e que teve o pedaço da perna arrancada na discussão. Ambas registraram boletins de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).
De acordo com a comissária, ela e a acusada já se conheciam há oito meses e, no dia do evento, ela encontrou a "conhecida" dentro do banheiro feminino do pagode, que tinha várias atrações. “Quando a vi dentro do banheiro, disse: ‘te achei!’. Nesse momento, ela me xingou e, como sou muito escandalosa, xinguei de volta”, contou.
Ao Correio, a comissária contou que a discussão tomou tons maiores, e começou-se a briga, com puxões de cabelos e luta corporal. Ela alega que, em determinado momento, o marido da mulher com quem brigava e seguranças da organização do evento entraram no banheiro e a seguraram para que a antagonista pudesse a golpear com chutes, socos e com uma mordida, que arrancou um pedaço da perna. Ela também alega ter sido vítima de racismo.
“Começamos uma briga, e ela chamou a amiga dela para me bater. Depois, entraram quatro seguranças, mais o marido dela, e me seguraram para ela bater. Ela quis me matar”, afirmou, dizendo que foi retirada do evento à força pelos seguranças.
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O boletim de ocorrência, ao qual a reportagem teve acesso, detalha que a mulher que brigou com a comissária foi à 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) e disse ao delegado que foi xingada de “vagabunda”. Ela acusou a comissária de “ter acabado com a vida dela na internet”. No registro, detalhou que, caídas no chão durante a briga, a comissária teria puxado os cabelo dela, e a única opção para que pudesse ser solta e cessasse a agressão foi morder a perna.
O registro policial ainda diz que a desavença das duas deu-se porque a comissária queria entrar em um projeto social, mas, por querer “fazer política” dentro do programa, não foi aceita. A versão, contudo, foi negada pela mulher que teve a perna mordida em outro boletim de ocorrência.
A outra parte
O Correio tentou contato com a mulher que mordeu a perna da comissária por meio de ligações, mas ela preferiu não se pronunciar no momento. A reportagem entrou em contato com a empresa que cuidou da segurança do evento, que não quis se manifestar. O Correio também tentou contato com a organização do evento, que não atendeu aos nossos chamados. O espaço segue em aberto para esclarecimentos.
*Estagiário sob a supervisão de Sibele Negromonte
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