Os sete pré-candidatos ao Governo do Distrito Federal que participam do debate do Grupo Bandeirantes, na noite deste domingo (7/8), responderam questões sobre saúde e educação, no primeiro de cinco blocos. Os participantes foram divididos previamente em dois grupos e cada conjunto abordou um dos temas. As perguntas foram pré-estabelecidas pela produção da Band Brasília e feitas aos participantes pela mediadora Milena Machado.
Por enquanto, estão na corrida eleitoral ao GDF o governador Ibaneis Rocha (MDB); o ex-vice-governador e ex-senador Paulo Octávio (PSD); o deputado distrital Leandro Grass (PV), da federação PT-PV-PCdoB; o senador Izalci Lucas (PSDB); a senadora Leila Barros (PDT); a assistente social Keka Bagno (PSol), da federação PSol-Rede; o especialista em educação Rafael Parente (PSB); o professor Lucas Salles (DC); o professor Robson Raymundo (PSTU); o servidor público Renan Rosa (PCO); e Teodoro da Cruz (PCB).
Os políticos do PSTU, PCO, PC e DC não estão no debate. As candidaturas podem ser registradas até 15 de agosto.
A ordem de respostas foi sorteada pela produção junto a representantes dos partidos. Ibaneis Rocha (MDB), Izalci Lucas (PSDB), Rafael Parente (PSB) e Paulo Octávio (PSD) comentaram sobre a saúde pública do DF.
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Saúde pública
O atual governador afirmou que a pandemia da covid-19 atrapalhou os projetos para a área de saúde e ressaltou as obras feitas pela gestão, como inauguração de unidades básicas de saúde (UBS) e unidades de pronto atendimento (Upas). “Contratamos 4 mil servidores e o Iges (Instituto de Gestão Estratégia em Saúde) tem mais de 7 mil trabalhadores. Temos muito a avançar, ainda. No próximo mandato, temos o projeto de construir três hospitais, no Guará, em São Sebastião e no Recanto das Emas.”
Na sequência, Izalci prestou solidariedade ao senador José Antônio Reguffe (União Brasil), que acabou ficando de fora da disputa ao Palácio do Buriti por divergências no partido do qual faz parte. “Vivemos um caos. As pessoas não conseguem consultas, exames nem cirurgias. O governo é para cuidar de pessoas, dar dignidade, com atendimento humanitário. Temos os melhores profissionais e o maior número de recursos por habitantes. A cúpula da saúde do DF foi presa (durante a pandemia)”, criticou o senador.
Rafael Parente, especialista em educação, destacou que a pandemia não pode ser usada como desculpa para a crise enfrentada na saúde da capital do país e citou feitos do ex-governador Rodrigo Rollemberg, do mesmo partido. “O governo atual se gaba por tantas obras feitas, mas é urgente recompor os quadros da saúde. Faltam médicos e enfermeiros, temos muitos problemas de corrupção na Secretaria de Saúde e no Iges, que precisa ser extinto”, criticou o ex-secretário de Educação de Ibaneis Rocha.
Para fechar o primeiro grupo, o ex-deputado federal Paulo Octávio lembrou da relação com o ex-governador Joaquim Roriz. “Meu primeiro ato como deputado foi destinar verbas para o Hospital do Paranoá. Entendo que, hoje, a saúde do DF, apesar de ter um orçamento extraordinário, tem demandas. Minha primeira meta é a criação de policlínicas, onde teremos pediatria, ginecologia, ortopedia e endocrinologia. É possível criar uma em cada cidade. Os hospitais velhos precisam de reformas urgentes. As cidades estão carentes de saúde”, relatou o empresário.
Educação
Keka Bagno, Leandro Grass e Leila Barros responderam questionamentos sobre a disparidade entre o ensino privado e o público no Distrito Federal. A candidata do Psol, que criticou a gestão de Ibaneis Rocha, é contra justificar a crise na educação do DF pela pandemia. “Crianças e adolescentes precisaram ficar em casa por conta do isolamento, mas muitas pessoas não têm casas. E este governo passou o trator, literalmente, em cima de casas. A grave crise na evasão escolar não é por conta da pandemia. Hoje, há falta de assistência financeira para permanência nas escolas, que não foi provida pelo governo, preocupado apenas com a militarização de escolas”, denunciou.
Leandro Grass também não aprovou a conduta de Ibaneis na educação durante a pandemia da covid-19. “A educação básica ficou completamente excluída em relação ao atendimento escolar. O governo colocou na televisão um conjunto de aulas completamente desconectadas dos projetos das escolas. Faltou busca ativa e integração tecnológica, os estudantes do campo e alunos da Educação de Jovens e Adultos ficaram abandonados. É preciso recuperar o que perdemos, fazer um diagnóstico do que cada aluno precisa, incentivar professores e boas práticas nas escolas, além de respeitar a autonomia das comunidades escolares.”
Leila Barros admitiu que o DF sofreu durante a emergência sanitária da covid-19. “A evasão escolar é um problema, além da falta de acesso a tecnologias, e da disparidade entre colégios privados e públicos, potencializando a busca ativa. Precisamos melhorar a infraestrutura das escolas. Vamos priorizar o ensino tecnológico e fortalecer as creches, que tem déficit enorme, de mais de 12 mil vagas”, apontou a pré-candidata do PDT.
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