O Parque Nacional de Brasília (PNB) foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) de combate a crimes ambientais, principalmente grilagem de terra. De acordo com a corporação, o parcelamento irregular de terrenos e as construções na região se intensificaram nos últimos quatro meses. Na primeira fase da operação, realizada no Núcleo Rural Boa Esperança 2, o foco foi um galpão construído em maio de 2022, onde era vendido material de construção.
A loja foi fechada e a construção deverá ser demolida. O responsável pela obra irregular e o homem que gerenciava o comércio foram autuados. Cada um terá que pagar uma multa de R$ 5 mil.
Foram identificados mais três alvos por envolvimento no parcelamento irregular de uma chácara e outros três sub-parcelamentos, sendo que em um desses foi erguida uma casa — já em fase de acabamento — e instalada uma estrutura para cortes de pedras.
Os envolvidos vão responder pelos crimes de invasão de área pública e danos em Unidade de Conservação (UC), com penas que variam de 1 a 5 anos de prisão, segundo a PF. A operação ocorreu na última sexta-feira e teve a parceria do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Batalhão Ambiental da Polícia Militar do DF (PMDF). Outras ações devem ser realizadas este ano.
Riscos
O ambientalista Nelson Rodrigues esclarece que esse tipo de construção irregular pode causar um desequilíbrio na fauna e afetar o abastecimento de água na capital. "Temos lá (na Floresta Nacioal) a principal bacia hidrográfica — Santa Maria —, que abastece praticamente metade de Brasília", observou Nelson.
Em nota, o ICMBio informou que a fiscalização nas unidades de conservação (UCs) do Núcleo de Gestão Integrada (NGI) Brasília-Contagem, que abrange o Parque Nacional de Brasília e a Reserva Biológica da Contagem, é realizada rotineiramente.
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