Música

Coral da UnB ganha o mundo com o melhor música latino-americana

Dentro das comemorações dos seus 40 anos de existência, o grupo de cantores da Universidade de Brasília lançou o álbum América Plural, com releituras de grandes sucessos do continente

Isabela Berrogain
postado em 02/08/2022 06:00
 (crédito:  Adalberto Carvalho Pinto)
(crédito: Adalberto Carvalho Pinto)

Após comemorar 40 anos de existência em 2021, o coral da Universidade de Brasília (UnB) continua colecionando grandes marcos. A principal conquista do conjunto musical, em 2022, foi o lançamento do disco América Plural, primeiro álbum do grupo. Liderados pelo maestro Éder Camúzis, 31 vozes apresentam no novo projeto o melhor da música coral do Brasil e da América Latina. No disco, as músicas popular e folclórica são representadas por clássicos como Ave Maria e Garota de Ipanema.

A ideia de registrar um material exclusivo do coral da UnB surgiu em 2011. "Ao relembrarmos a trajetória riquíssima do coral, com apresentações super reconhecidas em Brasília, no Brasil e até no exterior, foi frustrante perceber que não tínhamos nenhum registro. Foi assim que surgiu o projeto de fazer essa gravação, para termos registrado em um material um pouco da nossa trajetória", explica Éder Camúzis, maestro do coral da UnB e do álbum.

Influenciados por viagens pelo continente, os integrantes do coro tiveram como objetivo representar os grandes clássicos da música da América do Sul no álbum. "Na época, nós estávamos cantando com frequência um repertório similar a esse por conta de viagens que fizemos para a Argentina, para o Uruguai, acabamos encontrando coros de outros lugares e fazendo um intercâmbio de repertório, de partitura. Desta forma, pensamos que seria interessante nosso álbum explorar tanto a língua portuguesa quanto a espanhola", relembra o maestro. "O nome América plural surgiu justamente desse desenho do repertório, de estar todo voltado para essa mescla de Brasil com o restante dos países da América Latina", complementa.

Para Carolina Mendéz, integrante do coro, representar músicas de diferentes países da América do Sul foi um processo de aprendizado. "Foi uma oportunidade de conhecer um pouco mais da música latino-americana, que eu, pessoalmente, acho que ouvimos pouco no Brasil. Além disso, achei uma delícia explorar a variedade de ritmos e estilos das músicas de outros países que estão tão próximos de nós, mas que têm uma cultura completamente diversa da nossa", aponta Carolina.

Visibilidade

Com o lançamento do disco nas plataformas digitais, Ana Paula Souza Matos, diretora do coral, defende a importância da presença da universidade no meio on-line. "Acredito que seja muito importante para a UnB ter um grupo que divulgue o seu trabalho pelo meio digital, que é atualmente o canal mais efetivo de visibilidade de qualquer atividade. Estar nas plataformas de áudio digital é democratizar o canto coral, que muitas vezes não é apreciado por não ser tão divulgado na nossa cultura. Essas plataformas têm muito alcance e, entre uma música ou outra, quem sabe o nosso América plural não aparece pra quem menos esperamos? Assim, a nossa arte vai se espalhando para além dos amantes da música coral", torce.

 

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