O Tribunal de Júri de Brasília condenou Rômulo Ramos Siqueira, 27 anos, a 39 anos de prisão em regime fechado pela morte da assistente social Pedrolina Silva, 50 anos. A mulher foi assassinada, estuprada e roubada brutalmente após ser atacada em um matagal próximo à Faculdade Unieuro, na Avenida L4 Sul. O crime ocorreu em 1º de setembro de 2019.
O criminoso teve a sentença proferida nesta quarta-feira (20/7). Segundo o Ministério Público do DF, o homicídio foi praticado com emprego de meio cruel, de forma extremamente covarde, revelando “brutalidade fora do comum e ausência do mais elementar sentimento de piedade'', uma vez que o acusado matou a vítima degolada.
Na época, a vítima foi surpreendida e arrastada para o interior de um matagal enquanto aguardava uma amiga na parada de ônibus. O corpo foi encontrado três dias após o crime. Ao decidir a pena, o Juiz Presidente do Júri Paulo Rogério Santos Giordano destacou que o réu realizou a abordagem em plena via pública, à luz do dia e em local de grande movimento, para estuprar, roubar e matar uma mulher totalmente indefesa.
“O próprio modo como executou os crimes, e como agiu em seguida, revelam algumas características negativas de personalidade: crueldade, frieza, ausência de remorso”, observou o juiz.
O acusado respondeu ao processo preso, e, segundo o magistrado, assim deve permanecer, pois persistem as razões que levaram à sua custódia cautelar. “As circunstâncias do crime, bem como o modo como agiu em seguida, revela tratar-se de indivíduo cruel, feroz e desumano, que, em liberdade, é uma ameaça à ordem pública”, decidiu Rogério Santos Giordano.
O ataque
Às 9h36, Pedrolina enviou uma mensagem de áudio à amiga avisando que havia chegado na parada de ônibus da L4 Sul onde iriam se encontrar para ir ao clube. Cerca de seis minutos depois, no entanto, ela foi abordada por Rômulo Ramos Siqueira.
Câmeras de segurança de uma universidade flagraram o momento em que ele se aproxima correndo da vítima e os dois entram em uma luta corporal. Em seguida, ela é arrastada para fora do alcance das imagens até uma área de mata fechada, onde foi morta.
Carinhosamente chamada por amigos e familiares de Lina, ela formou-se em Serviço Social em 2017. Para o trabalho de conclusão de curso, pesquisou a violência contra a mulher, com foco na lei Maria da Penha.