Pela segunda vez, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu um dos homens acusados de roubar relógios da marca Rolex em áreas nobres da capital. Leandro Aparecido dos Santos, 35 anos, chegou a ser detido em 5 de julho junto ao comparsa Lucas Azevedo Silva, 21, no âmbito da operação Big Trail, desencadeada pela 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), mas foi solto, à época, em audiência de custódia.
Morador de São Paulo, Leandro é apontado como um dos integrantes de uma quadrilha especializada em roubo de relógios de luxo em Taboão da Serra. Segundo as investigações, a dupla vinha ao DF frequentemente para cometer assaltos nas regiões do Lago Sul e da Asa Sul. Dos seis roubos identificados pela polícia, ao menos quatro foram cometidos pelos acusados, de acordo com a corporação.
Em 5 de julho, Leandro e Lucas foram presos na Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) e na Candangolândia. Em audiência de custódia realizada no dia seguinte à prisão, o juiz considerou a gravidade dos fatos e fortes indícios de que o crime havia sido planejado, uma vez que os assaltantes vinham praticando uma série de delitos com o mesmo modus operandi desde maio no DF, além de pertencerem a uma associação criminosa especializada no roubo de relógios de luxo em Taboão da Serra (SP) — município paulista onde moram. "[...] tenho que as medidas cautelares diversas da prisão não são suficientes e adequadas para resguardar a ordem pública e impedir a reiteração na prática de crimes, fazendo-se necessária a custódia preventiva."
Apesar de ser favorável à prisão flagrante em preventiva, o juiz avaliou que o "entendimento dos Tribunais Superiores quanto à inadmissibilidade do decreto ex officio da prisão preventiva e a ausência de pedido nesse sentido pelo Ministério Público" sucedeu à concessão da liberdade provisória.
Após nova representação pela decretação da prisão preventiva do investigado pela PCDF, o juízo da 2° Vara Criminal de Brasília concordou com o pedido e decretou a segregação cautelar do acusado, que acabou sendo preso no domingo na cidade da Grande SP. A operação contou ainda com o apoio das equipes da Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCSP). O homem será transferido ao sistema penitenciário do DF e ficará à disposição do Poder Judiciário.