Os corpos de Cleiton da Cruz Araújo, 33 anos, e Lucas Menezes Carvalho Torres, 27, foram liberados do Instituto de Medicina Legal (IML) e serão sepultados nesta sexta-feira (15/7) e sábado (16/7). Os dois foram executados a tiros durante partida de futsal entre times amadores no Ginásio Central de Santa Maria, na noite desta quarta-feira (13/7). Além deles, uma jovem, 19 anos, também foi baleada e segue internada em estado estável.
Cleiton era um dos 25 atletas do clube de futebol Athalantas, da Cidade Ocidental (GO). Na noite de quarta-feira, o time ganhou de 9x3 contra o Cruzeirinho. Após a comemoração, o rapaz foi até o carro, na área externa do ginásio, quando foi surpreendido por três criminosos encapuzados em dois carros. Os homens efetuaram diversos disparos contra o jogador. Além dele, Lucas também foi baleado e os dois morreram no local.
Lucas será sepultado às 10h30 no Cemitério Campo da Esperança do Gama. Já Cleiton será velado às 12h desta sexta-feira (15/7), no Cemitério Lunabel, no Novo Gama (GO), no Entorno do DF.
Investigações
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apura o que teria motivado o crime e trabalha para identificar os autores. A jovem Isabella Raíssa dos Santos, que também foi baleada, está internada na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). O Correio esteve no hospital e conversou com a mãe da estudante, Jacqueline Celestino. Segundo a empresária, a filha está estável e se recupera bem. “Hoje, ela caminhou pelo quarto”, disse.
A mulher negou que a filha estivesse em estado gravíssimo ou grávida. Afirmou, ainda, que a jovem não fará transfusão de sangue. Até o fechamento desta edição, ninguém havia sido preso.
Desespero
Ao Correio, o dirigente do time Athalantas, que preferiu não revelar o nome, contou que estava no local e detalhou os instantes de tensão. Segundo ele, por volta das 21h, foi dado o primeiro tiro. “O jogo tinha acabado e começaria outro logo em seguida com times diferentes. Passou um tempo e eu escutei um barulho forte. Por um instante, pensei que eram fogos de artifício de comemoração”, relatou.
Ele descreveu o momento como um cenário de terror. “Corremos para os fundos do ginásio para se esconder. Muita gente pulou o portão para sair correndo e até então não sabíamos que uma das vítimas era Cleiton. Depois que passou tudo, fomos lá fora e eu soube que era ele. A gente entra em pânico, né. Parece que a ficha não caiu. É como se estivéssemos em um pesadelo sem conseguir acordar”, acrescentou.
Apesar de Cleiton ter entrado no clube há pouco tempo, o dirigente descreve o rapaz como esforçado e dedicado. “Posso falar dele dentro de campo. Não tínhamos afinidade, mas ele dava o sangue. Não faltava jogo. É uma tristeza para todos nós”, lamentou.