O Distrito Federal segue com constantes quedas na taxa de transmissão do novo coronavírus e está com o índice abaixo de 1, cenário que coloca a pandemia em desaceleração, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O contexto faz com que a população se pergunte se estamos vivendo o fim da pandemia ou, pelo menos, se aproximando dele.
Para o pesquisador e professor do curso de mestrado em gestão estratégica de organizações do Centro Universitário Iesb, Breno Adaid, ainda estamos longe de ter um final para a doença. Segundo o especialista, o cenário atual — de queda na taxa de transmissão — é comum em todas as ondas. "Elas seguem um ciclo comum com fase de crescimento acelerado, crescimento decrescente, pico, queda moderada e queda acentuada. Estamos na queda moderada", afirma Breno.
O pesquisador, que trabalha na análise do dados sobre a covid-19, destaca que só é possível dizer que a pandemia acabou, efetivamente, quando a doença estiver controlada em todo o mundo. "A circulação da covid traz a possibilidade de sua mutação. Enquanto tiver a possibilidade de surgir uma nova variante — cenário em que a pandemia está descontrolada — em qualquer lugar, não se pode decretar o fim da pandemia", frisa o especialista.
Breno alerta que há uma dominância, em outros lugares, da cepa que está acima da que estamos enfrentando por aqui. "Hoje temos variantes de interesse crescendo fora do Brasil, a BA.4 e 5, além da BA.2.75", aponta. "A verdade é que ainda sofreremos com uma nova onda da BA 4 e, talvez, da BA.2.75, isso mostra que ainda estamos longe de um fim da pandemia", considera o professor.
Boletim
Ontem, o Distrito Federal registrou 1.179 novos diagnósticos positivos para a covid-19, de acordo com o Boletim Epidemiológico, publicado pela Secretaria de Saúde (SES-DF). Desta forma, a capital do país soma 821.763 positivos para a doença desde o início da pandemia. Já a taxa de transmissão do novo coronavírus caiu pelo vigésimo dia seguido e chegou a 0,78.
Não houve registro de mortes ocorridas nas últimas 24 horas, entretanto, a Secretaria de Saúde notificou dois óbitos que aconteceram em 12 de junho e 8 de julho. As vítimas tinham acima de 80 anos, e uma delas residia no Goiás. No total, o DF soma 11.799 mortes em decorrência da covid-19.