O assassinato do líder petista Marcelo Arruda, neste domingo (10/7), coloca em evidência o extremismo vivido antes das eleições de outubro. Segundo o deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF), tal acontecimento não compromete a segurança para receber Lula em Brasília, em ato programado para esta terça (12/7). Essas e outras questões do período pré-eleições foram assunto na edição desta segunda-feira (11/7) do CB.Poder — programa do Correio em parceria com a TV Brasília, com apresentação da jornalista Ana Maria Campos.
A radicalização política preocupa o parlamentar, que alerta os populares, por onde passa, para os perigos que cercam as eleições de outubro. “Infelizmente essas eleições podem ser as mais violentas da nossa história. Esse fato de Foz do Iguaçu choca a todos nós, porque é um cidadão que poderia estar em casa e vai em uma festa privada para matar um aniversariante que era o nosso companheiro. É chocante. Quem tem juízo, quem tem noção do que é política, repudia este ato”, disse Vigilante.
Para o ato que recebe o ex-presidente petista, candidato às eleições presidenciais deste ano, Chico Vigilante recomenda algumas medidas de segurança. “Aconselho as pessoas a deixarem suas bolsas em casa e a levarem o mínimo necessário para o ato, com bandeiras sem os mastros. Será um ato seguro. Aqui não é uma cidade de marginais: é uma cidade de homens e mulheres trabalhadores na agricultura, no comércio, nos bancos, no serviço público, terceirizados, que vivem de maneira harmoniosa”, garante.
O deputado ainda disse que Lula poderá montar um governo unido e sem retaliações por seus episódios recentes. “Eu conheço Lula há 43 anos. Ele é um ser humano tão extraordinário e espetacular que é incapaz de ter inimigos. Ele vai governar efetivamente olhando para a frente, olhando os milhões de pessoas desassistidas. Ele vai chamar todo mundo para fazer um governo de união nacional, porque assim a gente vai salvar o Brasil.”
Sobre a possibilidade de José Roberto Arruda disputar as eleições para governador este ano, o legislador dispensa a hipótese do ex-governador se juntar ao atual, Ibaneis Rocha (MDB). “Acho que o grande sonho dele é ser governador novamente. Não tenho nenhuma dúvida de que ele será candidato a governador. Essa história de que ele está fechado com Ibaneis, que é amigo desde criancinha, não existe na política. Cabe a nós, da federação, trabalhar cada vez mais e colocar o Leandro no segundo turno”, destaca.
Propostas verdadeiras no plano de governo podem fazer total diferença para ganhar as eleições, sobretudo atacando os problemas que encara a capital federal. “O problema mais sério que existe no Distrito Federal é a saúde pública. Essa é a grande questão que precisa ser resolvida, o carro-chefe, o problema número 1. Depois disso, vem a educação e a geração de emprego”, pontua o deputado.
*Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel