Diversão

Em julho, famílias buscam colônias de férias como opção para criançada

Colônias de férias voltam com horários e preços diversos para atender crianças de 2 a 14 anos no Distrito Federal. Clubes e casas de festas oferecem pacotes em meio período e integral

Após dois anos convivendo com as restrições impostas pela pandemia de covid-19, as famílias encaram o recesso escolar de julho, e as colônias de férias voltam como opção de lazer para os pequenos e de tranquilidade para os adultos. No Distrito Federal, os pacotes costumam oferecer atividades para crianças e adolescentes, de 2 a 14 anos, com diferentes valores e coberturas que vão de algumas horas ao período integral. O Correio foi conhecer algumas dessas opções e conversar pais, que já garantiram a matrícula para aproveitar o mês de julho, e empresários do setor.

Na rotina da proprietária de restaurante Cristiane de Sousa Lima, 40 anos, antes da pandemia, os filhos tinham destino certo nas férias estudantis. Letícia, 7, e Lucas, 6, eram assíduos da programação da colônia A Arte de Viver, do Espaço Acreditar, em Águas Claras, mas precisaram parar de ir no momento mais agudo da crise sanitária. Entretanto, no ano passado, a dupla matou a saudade dos momentos de lazer e voltou a frequentar o espaço. Este ano, as atividades serão de 4 a 29 de julho, de segunda à sexta-feira, e os irmãos, mais uma vez, estão ansiosos para curtirem as brincadeiras. Os pais sentem que a opção é importante. "Eles chegam em casa cansados, porque há muitas brincadeiras, e eles vêm com ideias novas, querendo fazer cupcake com a gente, o que estimula a interação da família, além das amizades que eles fazem", relata a empresária.

Eles estão inscritos apenas no período vespertino. Pela manhã, eles têm tempo livre para aproveitarem com os pais. A empresária acredita que matricular os dois estimula o desenvolvimento das crianças. "Há muitas atividades de interação, não só brincadeiras, mas eles também fazem comida, como saladas de frutas, e treinam o inglês. Eles chegam em casa bem contentes e realizados com tantas coisas", resume Cristiane.

Coordenadora da colônia de férias, a pedagoga Giselle Santana, 38, afirma que oferece direcionamentos colaborativos e que incentivam a socialização e a interação entre as crianças, de forma lúdica e com brinquedos recicláveis. "É um resgate das brincadeiras antigas, como banho de mangueira, pique pega, caça ao tesouro, mas também opções atuais, como o masterchef, em que fazem pizzas e espetinhos de frutas", analisa a professora de artes visuais.

Giselle acrescenta que tem parceria com uma escola de inglês. A instituição oferece brindes que são usados em um bingo, para realizar as atividades de slime time. Os pequenos também podem brincar com massinha para o estímulo do aprendizado das cores, usam bolas de isopor e cola para atividades lúdicas, e, ainda, fazem o movie kids, brincadeiras que exigem atividades físicas para estimular a coordenação motora com bambolês, bolas e cones. "Fazemos colônia de férias cumprindo as medidas de segurança, com uso de luvas, fazendo a higienização dos brinquedos e materiais individuais", frisa a pedagoga.

Brincadeiras antigas

A 29ª colônia de férias É Hora de Brincar, do Caesb Esportiva e Social (Caeso), no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), também aposta em brincadeiras tradicionais e resgata as recreações de rua, como cabo de guerra, queimada, carrinho de rolimã, cobra cega e estátua. Criada há 20 anos, pela pedagoga Milena Joyce Goncalves dos Santos, 40, a colônia atende crianças de 2 a 12 anos. A equipe é composta 25 monitores, que se dividem cuidando dos participantes e conduzindo as brincadeiras.

"Atualmente, as crianças não brincam mais de bet e corrida do saco, e não se trabalha mais esse lado, até porque a facilidade delas terem um tablet é grande, o que as retém dentro de casa e acabam não tendo muito contato físico", contextualiza Milena. Ela admite que é sempre um desafio prender a atenção da criançada. Na estrutura oferecida, há a opção de período integral, que inclui a alimentação no clube. Para o período vespertino, há os lanches. "Temos uma ficha em que os pais respondem se os filhos são alérgicos a algum tipo de alimento ou se são portadores de deficiência, para sabermos como lidar", explica.

A satisfação e a confiança com o serviço oferecido foi tanta, que a moradora do Sudoeste Rovena Zorzal Lora, 39, vai deixar os filhos na colônia de Milena pela terceira vez. Mãe da Juliana, 7, e dos gêmeos Daniel e Felipe, 4, ela comenta que os dias de lazer no Caeso são bons porque os filhos podem sair um pouco do apartamento para se divertir e gastar energia. "A colônia de férias funciona em um espaço grande, com muita brincadeira 'raiz' (antiga), em que não ficam só em uma sala. Eles têm brincadeiras de criança", analisa.

Rovena acredita que esse momento de lazer também é benéfico para ela e o marido, que podem descansar mais tempo, sem falar que reduz o estresse das crianças de passarem muito tempo assistindo televisão. "Em todas as férias dos meus filhos, não existe a possibilidade de não ter colônia de férias, até para nós, os pais, que precisamos de um tempo de descanso", comenta a fisioterapeuta, que cadastrou os filhos em meio período.

Tempo de diversão

A empreendedora Hellen Villas-Boas, 38, moradora de Águas Claras, também já garantiu a vaga das filhas Luísa e Lívia, 6. As gêmeas, participam das férias da Family Club. Com uma proposta mais campestre, as meninas terão muitas atividades e contato com a natureza. "Para elas, é muito interessante esse período. Elas fazem coisas diferentes do cotidiano, e estarão interagindo com pessoas da idade delas. Com a pandemia, os últimos recessos do meio do ano, eram em casa. Agora, elas poderão aprender e se divertir, além de estarem longes dos aparelhos celulares", comenta a empresária, mãe das irmãs Luísa e Lívia, 6.

Muito espaço e brincadeiras radicais compõem os atrativos da Family Club. O empresário Paulo Paulinho, responsável pelo espaço, comemora o aumento do movimento, já que o segmento sofreu quedas sensíveis nos dois últimos anos. Ele acredita que o serviço é fundamental para as famílias. "Acaba virando uma necessidade para os pais. Enquanto eles trabalham, as crianças estão em casa. Não são todos que conseguem conciliar as férias do trabalho com as dos filhos. Com a pandemia, os pais estavam um pouco receosos, mas agora com a vacina, acabam aderindo o serviço", comenta.

Entre as opções mais procuradas, estão incluídas atividades, como parkour, judô, futsal, natação, aulas de inglês e brincadeiras populares. "Junto a essas, teremos atividades onde os pequenos terão experiências únicas, de forma pedagógica e recreativa. Teremos equipes para cuidar das atividades, da alimentação, do transporte e da enfermaria. Sempre de segunda a sexta-feira", esclarece Paulino.

Tantas brincadeiras também conquistou Paulo, 8 anos, filho de Karina Bastos, 38. Moradora do Cruzeiro Novo, ela acredita que a colônia de férias é indispensável para o crescimento educacional das crianças, principalmente nas férias, quando os pequenos tendem a ficar mais tempo na internet. "Acredito que 90% dos pais precisam desse suporte. O meu filho, quando inicia as férias, vive no celular e, ao ir para essa diversão, ele brinca com outras coisas, aproveita a natureza, aprende coisas novas", relata.

*Estagiário sob a supervisão de Juliana Oliveira

Saiba Mais

 

Ed Alves/CB/D.A Press - A empresária Cristiane de Sousa, 40 anos, com os filhos filhos Lucas, 7, e Letícia, 6, na Colônia de Férias "A Arte de Viver", em Águas Claras
Ed Alves/CB - 05/07/2022. Cr..dito: Ed Alves/CB/D.A Press. Brasil. Bras..lia - DF. Cidades. Colonia de Ferais. na foto Cristiane de Sousa, seu filhos Lucas e Leticia.
Ed Alves/CB/D.A Press - A empresária Cristiane de Sousa, 40 anos, com os filhos filhos Lucas, 7, e Letícia, 6, na Colônia de Férias "A Arte de Viver", em Águas Claras
Ed Alves/CB/D.A Press - A empresária Cristiane de Sousa, 40 anos, com os filhos filhos Lucas, 7, e Letícia, 6, na Colônia de Férias "A Arte de Viver", em Águas Claras
Ed Alves/CB/D.A Press - A empresária Cristiane de Sousa, 40 anos, com os filhos filhos Lucas, 7, e Letícia, 6, na Colônia de Férias "A Arte de Viver", em Águas Claras
Divulgação/É Hora de Brincar - Colônia de Férias "É Hora de Brincar", do Caesb Esportiva e Social (Caeso), no Sia
Divulgação/É Hora de Brincar - No SIA, a colônia de Férias É Hora de Brincar aposta em brincadeiras de rua e muitas atividades para os pequenos
Divulgação/É Hora de Brincar - Colônia de Férias "É Hora de Brincar", do Caesb Esportiva e Social (Caeso), no Sia
Divulgação/É Hora de Brincar - Colônia de Férias "É Hora de Brincar", do Caesb Esportiva e Social (Caeso), no Sia
Divulgação/É Hora de Brincar - Colônia de Férias "É Hora de Brincar", do Caesb Esportiva e Social (Caeso), no Sia
Divulgação/É Hora de Brincar - Crianças brincam em colônia de férias. Rosto borrado

Serviço

29ª Colônia de férias É hora de brincar, do Caeso
Idade: 2 a 12 anos
Data: 11 a 22 de julho
A partir de R$ 369 (pacote de meio período e integral)
Contato: (61) 9 9999-0072
E-mail: contato@ehoradebrincar.com
Site: ehoradebrincar.com

Colônia de Férias A Arte de Viver
Endereço: Espaço Acreditar, na quadra Águas Claras
Data: 4 a 29 de julho, de segunda à sexta-feira
Idade: 3 a 13 anos
Preço: a partir de R$ 95 (um período, uma semana, com descontos)
Contato: (61) 9 8301-5931 / 9 9881-4098
Instagram: @colonia_artedeviver

Colônia de Férias, do Pedro Paulino Family Club
Idade: 1 a 12 anos
Data: 4 a 22 de julho
Valor: a combinar
Contato: (61) 9 8454-9958
E-mail: secretariafamilyclub.itapoa@gmail.com
Site: pedropaulinofamilyclub.com.br