Processo

Bombeiro que causou acidente com morte corre risco de expulsão no DF

Bruno Valadares Leal, 38, corre risco de ser expulso do CBMDF após se envolver com dois acidentes, em 2019 e em 2022. Em um dos sinistros de trânsito, ele matou um motociclista

O terceiro sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) Bruno Valadares Leal, 38 anos, corre risco de ser expulso da corporação após se envolver com dois acidentes, em 2019 e neste ano. No primeiro, o militar foi preso em 28 de dezembro depois de atropelar e matar um motociclista, na QNM 9 de Ceilândia Sul, da Avenida Elmo Serejo. No segundo, ele estava sem condições de dirigir e alegava ser policial.

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Segundo o CBMDF, à época, Deiverson Damião Paulino Salgado, 30 anos, que conduzia a motocicleta, e Bruno Valadares Leal, motorista do carro, foram atendidos no local. A vítima morreu e Bruno foi transportado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), com dores na cabeça e desorientado, mas estável.

Em nota, o Corpo de Bombeiros afirmou, naquele momento, que Bruno era militar do CBMDF e estava de folga no momento do acidente. O então comando da corporação acrescentou que acompanharia a conclusão das investigações e tomaria as providências cabíveis, e que o militar irá responder pelos atos, mas terá todos os direitos e garantias preservados.

Acidente em Vicente Pires 

Em 10 de junho deste ano, o militar atingiu um carro na Rua 5 de Vicente Pires. O dono do carro atingido ligou para a Polícia Militar do DF (PMDF) e informou que o homem estava sem condições de dirigir e alegava ser policial. O suspeito foi preso pelo crime de embriaguez ao volante e o caso registrado na 8ª DP (SIA).

Segundo o boletim de ocorrência, o bombeiro foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) e depois recolhido ao Núcleo de Custódia do Corpo de Bombeiros. Como obriga a lei, foi arbitrada fiança na delegacia, valor pago — de R$ 3 mil — por um familiar do autuado, segundo a Polícia Civil do DF (PCDF).

Em nota enviada à reportagem, o CBMDF informa que está em andamento um processo administrativo de licenciamento que, conforme resolução interna e regulamentação da corporação, pode resultar na exclusão dele da instituição. "Ressaltamos nosso compromisso com a legislação brasileira em vigor e que este Comando não coaduna (compactua) com nenhum comportamento que coloque em risco a integridade física ou moral da população", comunica.

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Procurado pela reportagem, a advogada de defesa de Bruno Valadares, Vera Lúcia Paim, disse que tem nada a declarar sobre o caso.