O Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de infecção pela varíola dos macacos — monkeypox — no Distrito Federal. O paciente é um homem entre 30 e 39 anos, que viajou para a Europa recentemente. De acordo com a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), o paciente está em isolamento domiciliar e é monitorado pelas equipes de vigilância epidemiológica. O paciente apresenta faringite, irritação e infecção na região da garganta, febre, dor muscular, fraqueza generalizada e lesões na pele, que são características da doença.
Anteriormente, outro homem, entre 20 e 29 anos, ficou em observação com a suspeita da doença, mas o caso foi descartado. Ao Correio, a SES-DF confirmou que um terceiro indivíduo também é monitorado com sintomas, mas aguarda o resultado do exame laboratorial.
A varíola dos macacos é uma infecção viral rara e a maioria dos pacientes se recupera em algumas semanas, segundo o sistema público de saúde do Reino Unido (o SUS britânico). Geralmente, os sintomas são parecidos com os de uma gripe e há inchaço de gânglios linfáticos. Posteriormente, progride para uma erupção de bolhas pelo corpo todo.
De acordo com o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Fabiano dos Anjos, a recuperação pode levar de duas a quatro semanas, mas geralmente o quadro clínico é sem gravidade, com exceção de alguns casos raros de crianças ou imunocomprometidos. “É importante ressaltar que a pessoa só está curada a partir do momento que as lesões se transformam em crostas e caem. Antes disso, durante todo o período da doença, a pessoa deve se manter em isolamento domiciliar porque enquanto as lesões não secarem, elas continuam transmitindo a doença”, explica.
Para evitar um possível surto de contaminação no DF, que está na rota de circulação do vírus por ser uma região com grande movimentação internacional, Fabiano dos Anjos orienta que, em caso de sintomas, a população procure os serviços de saúde para investigação. “Estamos tomando todas as medidas com relação a intensificação da sensibilidade e da capacitação dos profissionais de saúde. Em um primeiro momento, a rede trabalha em identificar e fazer isolamento das pessoas. Em casos de hospitalização, a rede também está preparada para receber esses pacientes”, garante o diretor.