A hora da decisão

Correio Braziliense
postado em 30/07/2022 00:01

Agosto chega para uma decisão final do senador José Antônio Reguffe (União) sobre as eleições. Com baixa rejeição e em segundo lugar na disputa ao Palácio do Buriti, de acordo com pesquisas divulgadas nos últimos dias, ele tem potencial para chegar ao segundo turno e, a depender do cenário, vencer as eleições. Mas ainda há dúvidas sobre a candidatura ao governo. Ele tem passado por divergências no partido, o União Brasil, quanto à composição da chapa. Pode desistir. Reguffe tem sido incentivado a continuar no páreo por onde passa. Mas, no início da semana, ele precisa anunciar uma posição final. Até porque, o prazo está acabando.
A convenção do União Brasil está marcada para ocorrer na quinta-feira.

Um caveira no Buriti

Liderado pelo advogado Lucas Kontoyanis, o PMN-DF avalia o cenário e pode lançar candidato a governador, o coronel Elziovan Matias Moreno, ex-comandante do Bope da Polícia Militar do DF. Ele está na ativa, mas se afastou da corporação para se filiar ao partido. A pré-candidatura foi aprovada na convenção do PMN nesta semana, mas delegou à executiva regional a decisão até o prazo final. Moreno, que fez o curso de operações especiais no Bope do Rio de Janeiro, aposta no eleitorado de militares na capital do país. "A PM está em todos os lugares, durante 24 horas. Conhecemos os problemas e anseios da comunidade", diz o coronel que nasceu em Brasília e está há 30 anos na PM.

Candidato
a federal

O deputado Rafael Prudente, presidente do MDB-DF, tem sido surpreendido em caminhadas de campanha com a versão de que será candidato à reeleição como deputado distrital. Aliados dizem que Prudente é candidato a deputado federal e só desiste se for para cargo majoritário.

Executiva regional da federação
PSDB-Cidadania é extinta e nacional assume

Saiu ontem a definição oficial sobre as regras para montagem da chapa da federação PSDB-Cidadania. O presidente nacional, Bruno Araújo, designou o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) como "coordenador da federação no Distrito Federal" para conduzir o processo eleitoral local. O colegiado do DF em que o Cidadania tinha maioria foi extinto e a nacional avocou a realização da convenção eleitoral no DF, em 5 de agosto. Será confirmada a candidatura de Izalci ao GDF numa nova reunião do colegiado nacional. A convenção, que será virtual, também decidirá sobre a formação da coligação a cargos majoritários, a celebração de coligações com outros partidos, a definição da nominata para a Câmara dos Deputados e Câmara Legislativa do DF, bem como o sorteio dos números dos candidatos. Pelas regras da federação, 70% da nominata será do Cidadania e 30% do PSDB.

Apoio dos correligionários

Os pré-candidatos a deputado federal e distrital do Cidadania assinaram um manifesto em defesa da deputada Paula Belmonte, presidente regional do partido, depois de perder o direito de comandar os rumos da federação PSDB-Cidadania no DF. Os signatários dizem que houve violência política de gênero e cobram que seja respeitado o compromisso de incluir Paula Belmonte na chapa majoritária. "Impedir por vias tortas que Paula Belmonte concorra com um homem, mesmo tendo mais argumentos, números e fatos a seu favor, é violência", afirmam os pré-candidatos do Cidadania. Eles também criticam o vazamento do atestado de saúde de Paula apresentado para justificar a ausência em reunião por falta de condições psicológicas.

Espionagem com ar oficial

A deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) foi alvo de espionagem no fim do ano passado quando ainda exercia o cargo de ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, segundo revelou reportagem da revista Veja. O dossiê indica técnicas e equipamentos de órgãos oficiais de investigação. A quem interessava monitorar Flávia Arruda? Por que ela foi espionada? Como isso ocorreu? As respostas podem explodir na campanha.

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