A vítima das agressões por parte de um professor da Universidade de Brasília (UnB) contou os momentos de horror que enfrentou durante o período em que ficou confinada. Ao Correio, ela disse que foi xingada de "prostituta", "piranha", "puta", "vadia", entre outras ofensas.
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As agressões verbais teriam começado depois que o casal entrou no apartamento do professor. “Pedi para que ele parasse e fui em direção ao quarto. Foi quando ele me jogou na cama e se ajoelhou em cima dos meus braços, por isso que eles estão roxos”, detalhou. “Fiquei oito horas presa no quarto, porque ele me trancou. Quando tentei pegar o braço dele, para tirar a chave, fui mordida. Foram momentos de terror”, contou a vítima.
Sentimento vivo
Após as horas de sofrimento, a vítima disse estava em puro desespero. “No momento em que saí, não estava mais aguentando tudo aquilo. Cheguei a cogitar cortar a tela da janela e pular”, comentou, destacando que nunca mais quer ver o professor novamente. “Ainda está tudo muito vivo e dói muito. O homem que estava pensando em viver uma vida, quase acabou com a minha. Não tenho comido, nem dormido direito”, destacou a mulher.
A vítima se emocionou ao lembrar dos anos de convivência com o professor. “Passei por tudo isso com um homem que conheço há tanto tempo. Sempre estive presente em todas as conquistas dele, comemorando”, recorda. “A gente sempre foi muito amigo e queria muito saber onde está essa pessoa”, questionou.
Medida protetiva
O caso ocorreu na quinta-feira (21/7). No dia seguinte às agressões, em 22 de julho, a Juíza de Direito Substituta do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Taguatinga, Nadia Vieira De Mello Ladosky, deferiu uma medida protetiva de urgência, impedindo a aproximação e o contato do agressor com a vítima e as duas filhas dela. A magistrada considerou que a mulher sofre risco atual ou iminente à vida ou à integridade física ou psicológica, devido a violência doméstica e familiar.
A vítima prestou depoimento na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2, em Ceilândia, no mesmo dia das agressões. O caso, no entanto, está sendo investigado pela 17ª DP (Taguatinga Norte). A reportagem entrou em contato com o professor acusado. Ele respondeu que prestou depoimento nesta quinta-feira (28/7), junto aos advogados, “rechaçando tudo que foi apresentado pela suposta vítima”. O acusado também afirmou que, em breve, todos os esclarecimentos serão disponibilizados à imprensa.
Para não expor o identidade da vítima, o nome dela e do professor foram ocultados.
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