Candidata da federação formada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e REDE Sustentabilidade (REDE) ao Governo do Distrito Federal (GDF), Keka Bagno, entrevistada do CB.Poder — programa do Correio Braziliense em parceria com a TV Brasília — , nesta terça-feira (26/7), destacou os principais aspectos que abordará em seu período de campanha, além das mudanças que pretende fazer caso seja eleita como nova chefe do Executivo local.
Um dos temas de grande relevância citados pela pré-candidata em entrevista à jornalista Ana Maria Campos é a necessidade de erradicar a fome no Distrito Federal. Após percorrer e conhecer as demandas de diversas regiões administrativas, Keka criou, ao lado de outras 90 pessoas, o projeto intitulado como Programa Movimento. “A partir dessa iniciativa compreendemos que o DF está numa situação de fome e miséria”, afirma. Keka ainda alerta para as políticas públicas de saúde, educação e assistência que, em sua avaliação, vivenciam uma precarização nunca vista.
Saúde e educação
Na visão da pré-candidata, a privatização da saúde por meio do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) teve uma resposta negativa. Os dois hospitais (Base e Santa Maria) privatizados e também as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) não trouxeram a resposta de melhoria esperada, principalmente em relação à dificuldade em conseguir os atendimentos necessários. Além de afirmar que “não há transparência na gestão do Iges-DF”, caso seja eleita, ela garante que haverá revogação imediata dos trabalhos prestados pelo Instituto.
Outro fator comentado por Keka Bagno são as escolas militarizadas que, de acordo com ela, não existirá mais se a pré-candidata conseguir uma vaga no Buriti. “A revogação da escola militarizada é urgente”, diz Keka. O argumento de que a gestão militar na rede pública ajuda na coibição de atos criminosos não é verdadeiro, segundo ela. Para trazer melhor qualidade, em sua avaliação, é preciso renovar a estrutura nas escolas do GDF, com serviços que respondam à demanda da população, trazendo esporte, lazer e assistência social.
Além disso, para Keka, a militarização nas escolas trouxe ainda mais violência. “Acompanhamos a situação no CED da Estrutural, uma escola com muitos ataques às crianças e adolescentes e também aos professores”, ressalta. A ideia de que levar os filhos para colégios que são contemplados com gestão militar trará mais segurança é equivocada, na análise de Keka. Para garantir uma melhor qualificação dos alunos em ambiente escolar, mecanismos como cultura, estudo integral e que respeite a liberdade e a diversidade de todos são essenciais.
* Estagiário sob supervisão de Nahima Maciel
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