Quermesse do Templo Budista volta ao presencial na 49ª edição

Sob nova coordenação, a Quermesse do Templo Budista receberá o público em agosto com a temática reencontro. O templo, que no próximo ano comemora o cinquentenário, promete novidades nesta edição

Júlia Eleutério

Isabela Berrogain

postado em 26/07/2022 06:00

"Com o tema reencontro, vamos realizar uma quermesse bastante animada, ao ar livre, onde cada um pode reencontrar a alegria dos momentos e compartilhá-los pessoalmente com seus amigos e familiares" Monge Kenzo Doi - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Para as famílias do Distrito Federal, agosto é sinônimo de Quermesse do Templo Budista. No entanto, o evento deste ano tem motivos de sobra para ser celebrado. Com o tema reencontro, a quermesse volta ao formato presencial, após dois anos sendo realizada on-line devido à pandemia. Além disso, o templo se encontra sob nova regência desde janeiro, agora dirigido pelo Monge Keizo. A 49ª edição da quermesse ocorre a partir de 6 agosto, todo sábado e domingo, às 16h. Os ingressos estão sendo vendidos por meio da plataforma Sympla.

Nesta edição especial, a celebração promete novidades. "Com o tema reencontro, vamos realizar uma quermesse bastante animada, ao ar livre, onde cada um pode reencontrar a alegria dos momentos e compartilhá-los pessoalmente com seus amigos e familiares", adianta Monge Keizo Doi ao Correio. "No ano que vem, o templo completará seu cinquentenário. Este será um momento de renovação da sua presença na comunidade, onde todos poderão buscar seu caminho por intermédio do budismo, artes orientais e artes marciais. A partir desta oportunidade do reencontro, iniciaremos o projeto do 50º ano da fundação do Templo Shin Budista de Brasília, que visa a reforma das estruturas físicas e da própria atividade", explica o monge.

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  Apresentação de tambores japoneses é um dos pontos altos da celebração Divulgação/Templo Budista
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  Pessoas de todas as idades se reúnem para apresentarem danças típicas Divulgação/Templo Budista
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  A 49ª Quermesse do Templo Budista retorna de forma presencial em agosto e traz uma série de atividades Fotos: Carlos Vieira/CB/D.A.Press - Marcelo Ferreira/CB/D.A Press -Divulgação/Templo Budista
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  "Com o tema reencontro, vamos realizar uma quermesse bastante animada, ao ar livre, onde cada um pode reencontrar a alegria dos momentos e compartilhá-los pessoalmente com seus amigos e familiares" Monge Kenzo Doi Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

Segundo ele, a celebração deste ano reunirá toda a comunidade nipônica, inclusive o grupo que realiza o Festival do Japão, que, ao lado do templo, estará à frente da quermesse. "Nesta edição, a equipe de gastronomia será da comunidade japonesa do local. Com isso, poderemos desfrutar do sabor autêntico dos pratos japoneses", garante.

A gastronomia é um dos carros-chefe do evento e o fator que atraiu as amigas Catarina Cavalcanti e Cecília Cipriano, ambas de 23 anos, nas primeiras idas à quermesse, ainda na pré-adolescência. "A quermesse do templo é incrível. Na minha pré-adolescência e na minha adolescência, era um programa que sempre fazia com as minhas amigas", relembra a gestora de políticas públicas Cecília. "A quermesse é algo diferente para se esperar no ano. É uma programação diferente para curtir em Brasília durante agosto. Na época da minha adolescência, eu ficava na expectativa para ir com as minhas amigas, porque eu não encontrava muitas opções de lazer na cidade para pessoas da nossa idade", complementa a estudante de medicina Catarina.

Interessada nos atrativos gastronômicos, a dupla, ao chegar no evento pela primeira vez, encontrou muito mais que apenas comidas gostosas. "Era muito bom estar lá, envolvida na cultura japonesa. Era um público muito diverso, a gente encontrava muitos fãs de animes que iam fantasiados ou até mesmo faziam cosplay. Isso fazia com que a gente se sentisse muito acolhida, apesar de serem nossas primeiras idas ao evento", narra a gestora. "Por isso, a gente acabou fazendo muitos amigos lá. Fizemos amizades que foram além da quermesse e até resultaram em namoros", afirma.

Além dos encontros entre amigos, o evento também era uma oportunidade de Catarina e Cecília se reunirem com a família. "É um ambiente muito familiar, que explora muito o lado cultural do evento. Foi muito legal ser exposta a outra cultura assim tão nova", aponta a estudante. Ansiosas para o retorno, as amigas destacam que também estão animadas para assistir as típicas apresentações de dança do evento e pretendem passear pelas feiras de produtos japoneses. Nesta edição, a quermesse contará com atrações como artes marciais, grupos de taikô, tambores japoneses e dança moderna. Também serão realizadas oficinas de ikebana e origami.

Novas gerações

Fã de desenhos japoneses, como Pokemón, desde a infância, o estudante Felipe Leal, 22, sempre esteve muito ligado à cultura nipônica e, por esse motivo, acabou indo em todas as edições mais recentes da quermesse. "Quando eu percebi que o evento era uma forma de me ligar a essa cultura e trazê-la para o meu dia a dia, comecei a frequentar, inclusive com uns amigos que também se identificavam com meus gostos", recorda o estudante. Para Leal, o grande atrativo da quermesse é a troca entre culturas. "É  um choque cultural muito legal. Gera muito interesse, vontade de conhecer e ver um pouco mais sobre essa cultura nova. É muito interessante ver o que eles têm para apresentar lá", argumenta.

Após anos frequentando o templo com amigos, Leal pretende, nesta edição, levar a irmã Marina, 11, para conhecer o evento. "Durante a quarentena, minha irmã começou a gostar muito de anime, acho que até por influência de amigos e das próprias redes sociais", conta. "A Marina não teve contato com ninguém sobre esses interesses recentes dela, é uma coisa que aconteceu totalmente on-line por conta da quarentena. Agora, com essa volta, a quermesse é uma forma legal de poder mostrar alguns espaços em que ela pode encontrar pessoas com gostos parecidos a estes, em alguns ambientes aqui da cidade mesmo", alega o estudante. "Acho que vai ser muito gratificante para a Marina ver que não é uma coisa só dela, vai gerar um senso de pertencimento muito legal", finaliza.