Covid-19

Primeiro dia de vacinação de crianças de 3 e 4 anos tem baixa procura

Após a Secretaria de Saúde anunciar, ontem, a imunização contra o novo coronavírus para crianças de 4 anos, só 202 delas compareceram aos pontos de atendimento para receber a primeira dose. Para as de 3 anos, aplicações ocorrem com "xepa"

Pedro Marra
Rafaela Martins
postado em 23/07/2022 06:00
Bruno levou o filho Arthur à Unidade Básica de Saúde nº 2 da Asa Norte: proteção virou motivo de alegria -  (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)
Bruno levou o filho Arthur à Unidade Básica de Saúde nº 2 da Asa Norte: proteção virou motivo de alegria - (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

Mesmo com o anúncio da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), nessa sexta-feira (22/7), de liberação de vacina contra a covid-19 para crianças de 4 anos, a procura dos pais pelo imunizante foi baixa. A pasta responsável liberou a "xepa", que é a sobra de doses abertas na última hora de funcionamento de cada sala de imunização, também para crianças de 3 anos. Apesar disso, de acordo com a última atualização do Vacinômetro, apenas 202 crianças de 3 e 4 anos receberam a dose da Coronavac no DF. 

Segundo o  Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (Ipedf), há 39,3 mil crianças de 3 anos e 38,3 mil de 4 anos na capital federal. Uma delas é Arthur, 4, que chegou de carro com o pai, Bruno Cabral, 43, vindos do Noroeste, onde moram. O advogado aproveitou a folga no trabalho para levar o filho na Unidade Básica de Saúde (UBS) nº 2 da Asa Norte, na entrequadra 114/115.

Segundo ele, a vacinação da primeira dose é motivo de alegria, porque o menino pegou covid-19 em janeiro deste ano. Em período de férias escolares, o garoto passou na unidade antes de visitar a avó, no Jardim Botânico. "Quanto mais proteção, melhor, principalmente para o meu filho, que pegou a doença no começo do ano, mas agora está de férias indo tomar um sorvete na casa da vovó", conta Bruno, ao olhar para o filho.

Quem também passou na UBS para receber a aplicação contra a covid-19 foi João Pedro, 4, filho da empresária Cátia Souza, 42, que saiu do serviço para levar o menino. A família mora ao lado da unidade e foi a pé até o local. Mas, podia ter optado por outro tipo de imunizante, porque, antes de tomar as vacinas de reforço anual, os médicos de João Pedro, 4, sugeriram receber a primeira aplicação contra a covid-19.

Por ter perdido a mãe, 64, por complicações da doença em 2 de abril do ano passado, o momento foi especial para Cátia. A avó de João Pedro não tinha comorbidades e poderia receber a segunda dose contra a doença oito dias depois da morte. "Abri mão das outras doses pediátricas para o meu filho tomar a da CoronaVac, porque também sou da área da pesquisa e confio muito na vacina", afirma a empresária.

Neste sábado (23/7), o DF terá 10 Carros da Vacina, que vão percorrer comunidades da Estrutural, São Sebastião e Planaltina em dois veículos para cada região. A vacinação itinerante também vai passar no Setor Água Quente, Lago Norte, Sol Nascente e no Gama. A Secretaria de Saúde acrescenta que haverá imunização em nove pontos fixos, das 9h às 17h. A lista completa e as rotas dos carros estão disponíveis em saude.df.gov.br/locaisdevacinacao. Neste sábado (23/7), não haverá vacinação no DF.

Boletim

O DF registrou, nessa sexta-feira (22/7), mais 699 novos diagnósticos positivos do novo coronavírus, e chegou ao total de 827,8 mil nesta pandemia. Com isso, a taxa de transmissão ficou em 0,64, o que representa controle da crise sanitária. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quando o número está abaixo de 1, representa que a situação tende a melhorar.

No boletim epidemiológico, a Secretaria de Saúde não notificou mortes por complicação da covid-19 na sexta-feira (22/7), mas confirmou o óbito de uma idosa com 80 anos, ocorrida em 25 de junho deste ano. Ela, que tinha distúrbios metabólicos, pneumopatia e cardiopatia, faleceu em um hospital particular de Taguatinga Sul. Com total de 11,8 mil mortes nesta pandemia, a média móvel está em 2,20, 54% a menos do que 14 dias atrás. O indicador de casos ficou em 713,60, com queda de 61% no mesmo período de análise. 

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