O governador Ibaneis Rocha (MDB), a deputada Flávia Arruda (PL) e o ex-governador José Roberto Arruda (PL) fecharam, ontem, pontos do programa de governo que serão incluídos em um eventual segundo mandato do emedebista a pedido do casal. São projetos do governo Arruda, como Interbairros, VLT do aeroporto à W3, expansão do metrô para Gama, Santa Maria, Samambaia e Ceilândia e construção dos hospitais do Recanto das Emas e de São Sebastião. Sinal de que os Arruda terão influência no segundo mandato de Ibaneis. Pelo menos, é o que diz o acordo eleitoral.
Decepção
O ex-deputado Alberto Fraga (PL-DF) não gostou da união entre Arruda e Ibaneis. Ele postou um vídeo nas redes sociais com o título "Aqui não tem duas palavras". Fraga, que sempre se colocou como adversário de Ibaneis, disse: "Eu queria me desculpar com todas aquelas pessoas que eu fiz acreditar que o Arruda seria candidato a governador. Foi uma grande decepção". Fraga apostava na candidatura do ex-governador e, agora, cobra um compromisso de Arruda sobre a reformulação da Lei nº 12.086. A lei de 2009 trata, entre outros assuntos, do interstício dos policiais e bombeiros militares. Arruda disse à coluna que incluiu o tema na lista dos 10 pontos do programa de governo de Ibaneis, negociados com ele e com Flávia Arruda.
Ponte
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) teve um papel fundamental na construção do acordo entre Arruda e Ibaneis. Ele tem trabalhado para montar os palanques regionais da campanha do pai. No DF, o filho 01 tem interlocução com os dois e fez a ponte.
Convenção conjunta
As convenções dos partidos da base de apoio de Ibaneis Rocha serão realizadas conjuntamente, em 31 de julho. Estarão juntos MDB, PP, PL, Republicanos e Patriota.
A suplência em disputa
Entre os cargos cobiçados na aliança formada em torno da reeleição de Ibaneis Rocha (MDB) estão as suplências de Flávia Arruda (PL) na disputa ao Senado. Ficou definido no acordo com o ex-governador José Roberto Arruda (PL) que Ibaneis escolhe o nome para vice e Flávia, as suplências. Ibaneis definiu que a deputada Celina Leão (PP-DF) será a vice. Flávia ainda não anunciou sua preferência na suplência. O posto é cobiçado porque, se eleita, Flávia pode virar ministra — se Bolsonaro permanecer no poder. Flávia também pode concorrer ao governo.
Mais espaço para o PP?
O empresário Fernando Marques, dono da União Química, era o nome cotado para suplente de Flávia Arruda. Mas ele está no PP, que já tem colocação na chapa de Ibaneis com a vice.
União Brasil veta aliança com partidos de esquerda
Dirigentes do União Brasil não veem com simpatia a aliança que o senador José Antônio Reguffe (União) gostaria de fechar com a esquerda para compor a chapa ao Palácio do Buriti. O partido não quer, no primeiro turno, parceria com nenhuma legenda que esteja na base de apoio do ex-presidente Lula. Leia-se PT, PV, PCdoB, PSB, PSol e Rede Sustentabilidade. Interessa a Reguffe uma aliança com o PSB e, nesse sentido, o senador vinha conversando com o pré-candidato do partido, Rafael Parente.
Perigo no segundo turno
A estratégia do governador Ibaneis Rocha (MDB) é construir uma coalizão de partidos para tentar vencer a eleição no primeiro turno. Na segunda fase, é outra história, e a união de candidaturas da oposição será perigosa para Ibaneis.
Voto de Arruda
Entre aliados de José Roberto Arruda (PL), há eleitores que não votam em Ibaneis e devem apostar em Reguffe (UB).
Distante, mas nem tanto
Presidente do PSD-DF, o empresário Paulo Octávio está na Suíça, para onde viajou para o casamento, no próximo sábado, do filho Felipe Kubitschek Pereira com Lara Lemann, filha do bilionário Jorge Paulo Lemann, dono da Ambev. Mesmo de longe, ele não desgruda do celular. Está acompanhando da Europa toda a movimentação política e a onda provocada pela união de Ibaneis e Arruda. Ontem, Paulo Octávio conversou com o senador José Antônio Reguffe (União), pré-candidato ao Palácio do Buriti.
Alívio
Pré-candidata a deputada federal pelo PL, a ex-secretária de Justiça do DF Marcela Passamani é uma das pessoas que estão comemorando o anúncio da aliança entre o governador Ibaneis Rocha (MDB) e o ex-governador José Roberto Arruda (PL). Ela ficaria dividida em dois mundos porque está em campanha ao lado de Arruda e da deputada Flávia Arruda (PL), mas foi secretária do governo Ibaneis, e o marido, o advogado Gustavo Rocha, é o chefe da Casa Civil do DF, um dos principais integrantes do governo Ibaneis.
A pergunta que
não quer calar
Ainda pode haver mudanças na chapa encabeçada pelo governador Ibaneis Rocha?
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