ENTREVISTA / Paula Belmonte, deputada federal (Cidadania)

"Decisão será tomada pelo colegiado"

Vice-presidente da federação regional PSDB-Cidadania, a parlamentar salientou que o grupo político não escolheu o nome do pré-candidato ao Buriti e não descartou a possibilidade de se candidatar ou de um acordo com Reguffe e Izalci

Pablo Giovanni*
postado em 19/07/2022 00:01
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)

A menos de 80 dias para o primeiro turno das eleições, a federação formada por PSDB-Cidadania vive um impasse para a escolha do pré-candidato ao Palácio do Buriti. Apesar de ser presidente regional da federação, o senador Izalci Lucas (PSDB) pode encontrar dificuldades no colegiado do DF, que é composto por 70% de membros indicados pelo Cidadania. Convidada pelo CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília — a deputada federal e vice-presidente da federação regional Paula Belmonte (Cidadania) afirmou à jornalista Denise Rothenburg que o acordo com o senador Reguffe (União Brasil) para a chapa ainda segue vivo, mesmo com a federação com o senador tucano. "Eu continuo pré-candidata majoritária com o senador Reguffe pelo Cidadania. Aqui (Distrito Federal), nós temos o senador (Izalci Lucas) como pré-candidato pelo PSDB. Agora, quando nós falamos de uma federação, temos que unir essas forças e contemplar e construir uma alternativa", disse a parlamentar.

O senador Izalci Lucas (PSDB) se considera pré-candidato ao Palácio do Buriti, mas as pessoas consideram a senhora como uma aposta para apoiar Reguffe (União Brasil). Como ficou essa situação? Teremos mais capítulos?

A legislação eleitoral mudou e apresentou essa possibilidade de dois partidos se unirem por quatro anos. A federação é composta por um colegiado e uma das regras do estatuto da federação PSDB-Cidadania, no país inteiro, foi a proporcionalidade de votação de deputados federais. No DF, tivemos eu eleita, sendo uma nominata maior que o PSDB. No colegiado, 10 cadeiras foram indicadas pelo Cidadania, no total de 14. Hoje, o partido Cidadania reconhece a pré-candidatura pelo GDF do PSDB (Izalci Lucas), e o PSDB reconhece uma candidatura majoritária da deputada Paula Belmonte pelo Cidadania. Agora, falar em nome da federação apenas o colegiado pode fazer.

Você acredita que o senador Izalci vai retirar a pré-candidatura
pelo GDF?

Eu não acredito na retirada da candidatura e acho que ele tem que manter mesmo. Agora, a questão do caminho da federação tem que ser construída pelo colegiado, que é o órgão máximo aqui da região.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o ex-governador Arruda é muito bem visto no DF e ficou entendido que Bolsonaro apoiará ele. Isso pode levar a um reflexo na candidatura de Ibaneis (MDB), Reguffe (UB) ou outros candidatos. Como a federação vê essa candidatura de Arruda?

Pelas pesquisas do Correio, notamos que a rejeição de Ibaneis, quanto do ex-governador Arruda, é muito alta. Quando Bolsonaro faz uma declaração dessa, ele disse antes disso: "Gostando ou não gostando". Então tem essa condição, onde ele não está colocando todo o aval.

Pelo que entendi, ainda existe uma disputa interna na federação e que ainda não está resolvida. Como isso vai ser trabalhado nos próximos dias?

Em relação a federação, considero que está resolvido, porque tem que ser respeitado o colegiado regional. Se não fosse para respeitar o colegiado, não teria necessidade de ser formado. (...) Precisamos entender que a federação tem muita responsabilidade, não tendo um candidato por um ter candidato, simplesmente, mas tendo uma alternativa de esperança para o DF.

Quem é essa alternativa, deputada? É o senador Reguffe?

O senador Reguffe é um dos nomes, eu seria e o Izalci também seria. Nós não estamos fechados que ele não poderá ser candidato. Não há nada descartado.

 Pessoas comentam que se Arruda vier como pré-candidato ao GDF, a tendência seria Reguffe ser candidato ao Senado. Como você vê essa construção da candidatura de Arruda?

Temos que esperar a convenção do partido para ver o cenário político. Temos o governador que trouxe uma esperança muito grande de mudança, e acabou se tornando uma decepção. Vemos um governo voltado com corrupções; secretarias investigadas; e dinheiro para o Piauí. Em relação ao Reguffe, ele se posiciona o tempo todo e tem muita responsabilidade do DF. O que temos que fazer é o "grupo do bem", que visa transparência e política cuidando do ser humano.

 

*Estagiário sob a supervisão
de José Carlos Vieira

 

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