81 mil cães e gatos protegidos contra raiva

Correio Braziliense
postado em 17/07/2022 00:01
 (crédito: Sandro Araújo/Agência Saúde)
(crédito: Sandro Araújo/Agência Saúde)

Mais de 7,3 mil cães e gatos foram vacinados contra a raiva, ontem. Ao todo, 23 pontos de imunização funcionaram das 9h às 17h. Em 5 de julho, a Secretaria de Saúde registrou um caso de raiva humana. Os tutores precisaram levar os animais saudáveis, com pelo menos três meses de vida, às unidades de vacinação. Desde o início da campanha antirrábica deste ano, em 6 de julho, mais de 81 mil pets foram vacinados na capital. A pasta destacou que não há um recorte separado de cães e gatos.

Quem não tiver o cartão de vacina do animal de estimação vai receber um novo, emitido na hora. A campanha antirrábica foi antecipada no DF por causa da confirmação do primeiro caso de raiva humana na capital após 44 anos.

Uma doença zoonose, a raiva passa dos animais ao homem e vice-versa, e é transmitida por um vírus que envolve o sistema nervoso central e leva a óbito após curta evolução. A transmissão ocorre quando os vírus da raiva, existente na saliva do animal infectado, penetram no organismo através da pele ou de mucosas, por meio de mordedura, arranhadura ou lambedura.

Nos humanos, os sintomas são transformação de caráter, inquietação, perturbação do sono, sonhos tenebrosos; aparecem alterações na sensibilidade, queimação, formigamento e dor no local da mordedura. Essas alterações duram de dois a quatro dias. Posteriormente, instala-se um quadro de alucinações, acompanhado de febre; inicia-se o período de estado da doença, por dois a três dias, com medo de correntes de ar e de água, de intensidade variável. Surgem crises convulsivas periódicas.

Em animais, há dificuldade para engolir, salivação abundante, mudança de comportamento, mudança de hábitos alimentares, paralisia das patas traseiras. Nos cães, o latido torna-se diferente do normal, parecendo um "uivo rouco", e os morcegos, com a mudança de hábito, podem ser encontrados durante o dia, em hora e locais não habituais. De acordo com a SES-DF, o último caso diagnosticado de raiva em cães foi em 2000 e, em gatos, no ano de 2001.

A busca ativa para vacinação ocorre nos Núcleos Regionais de Vigilância Ambiental e em postos volantes. Hoje, a Secretaria de Saúde oferece apenas um local de vacinação antirrábica para cães e gatos. É na Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (Dival), ao lado do Hospital da Criança, no Noroeste, das 8h às 13h. (PM)

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