Protesto

Manifestantes pedem respeito e segurança na UnB após caso de estupro

Protesto de coletivos feministas de Centros Acadêmicos reuniu aproximadamente 300 estudantes e professores da universidade na entrada do Instituto Central de Ciências Norte (ICC Norte)

Pedro Marra
postado em 11/07/2022 14:11 / atualizado em 11/07/2022 14:11
O grupo caminhou até a reitoria para protestar por mais iluminação e segurança -  (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
O grupo caminhou até a reitoria para protestar por mais iluminação e segurança - (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Com gritos de "não aguentamos mais" e cartazes que exigiam direitos das mulheres com as frases "respeite a minha existência", "não aguentamos mais" e "meu corpo, minhas regras", a manifestação de estudantes da Universidade de Brasília (UnB) contra casos de estupro e assédio sexual no Campus Darcy Ribeiro reuniu aproximadamente 300 alunos na entrada do Instituto Central de Ciências (ICC Norte), popularmente conhecido como Ceubinho, por volta das 12h.

Integrante do Coletivo Juntas, a estudante do quarto semestre de serviço social Beatriz Guedes, 21 anos, cita a importância do ato para garantir o básico para a segurança no campus. "Precisamos de uma segurança maior, iluminação melhor à noite, principalmente na sexta-feira, quando fica pouco movimentado", diz.

Beatriz sugere que, caso a reitoria não tome atitudes para melhorar a segurança do campus, os colegas devem adotar os próprios cuidados. Medidas imediatas que o coletivo tem tomado é orientar os estudantes para que andem acompanhados pela universidade. "Vai ao banheiro, pede alguém para ir junto, ou quando for embora pegar o ônibus, também estar acompanhado", exemplifica a aluna.

O grupo caminhou até a reitoria para entregar um ofício com pedido de mais iluminação, mais agentes de segurança e um protocolo mais rígido para casos de assédio. "Desde 2017 que a educação pública tem sido desmontada, e a universidade tem diminuído os recursos, e os gestores têm que se desdobrar para administrar com uma carência, que afeta a segurança", opina Edileuza Fernandes, professora da Faculdade de Educação.

Por volta de 13h, o grupo de estudantes entoava o grito "Reitora, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver!" em frente à reitoria. Cerca de 10 minutos depois, um docente desceu do prédio para tentar dialogar com o grupo e explicou que a reitoria Márcia Abrahão está em viagem, mas irá analisar a proposta.

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