Choro, tristeza e lamentação marcaram o enterro de Gisele Boaventura Silva, 54 anos. Ela morreu em um trágico acidente, na quarta-feira, na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto. Um carro invadiu a parada de ônibus, e Gisele foi atingida e arremessada, caindo de uma altura de 9 metros, no Eixo Monumental. O velório e sepultamento ocorreram, ontem, no Cemitério de Taguatinga. A faxineira deixa três filhos e três netos.
Religiosa, Gisele frequentava uma igreja evangélica em Taguatinga há mais de 14 anos. Roselma Evangelista, 43, ressalta o trabalho de evangelização realizado pela amiga. "A gente sabe que, pela palavra de Deus, Gisele está no céu com Jesus, e Ele a recolheu. A gente lamenta pela forma como foi, mas fica feliz que, agora, ela está com Deus", disse.
Luciano Arcanjo, 47, lembra que Gisele era "um amor de pessoa". "A forma que ela tratava as pessoas era diferente, era com carinho. Agora, sabemos que ela está num lugar maravilhoso porque é o que ela merece. Da Gisele, só restam boas lembranças, o abraço dela com certeza deixará saudades", descreve. Os familiares preferiram não dar declarações.
O acidente
Moradora da QNJ, de Taguatinga, Gisele esperava um ônibus para ir ao trabalho, no Lago Norte, na quarta-feira, quando um carro conduzido por Ronaldo Soares Costa, 54, invadiu a parada na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto, no sentido Asa Norte. O veículo atingiu cinco pessoas, incluindo Gisele — que foi arremessada com o impacto e não resistiu — e uma bebê de 5 meses que teve um das pernas quebrada.
Com exceção de Maria José castro, 40, mãe da neném, as três vítimas que sobreviveram ao acidente receberam tratamento médico e alta. Célio Santos, 38, quebrou um dedo da mão, e Diogo Cardoso, 39 anos, sofreu lesões na cabeça. Segundo o Iges-DF, Maria está acordada, com sinais vitais estáveis e aguarda transferência para enfermaria. Ainda na quarta-feira, a paciente passou por uma cirurgia na ortopedia do Hospital de Base. Ela teve a perna esmagada pelo veículo.
O motorista do Chevrolet Kadett, Ronaldo Soares, 54 anos, e a passageira Tânia Souza, 36 anos, também foram atendidos no Hospital de Base e liberados em seguida para prestar depoimentos na 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), que investiga o caso.
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