Na abertura da primeira semana cheia do segundo semestre de 2022, a preocupação com a corrida eleitoral é evidente, ainda que com candidaturas oficiais ainda por se estabelecer. No entanto, o clima de debate se viu no pré-candidato opositor ao atual governo, o deputado distrital Leandro Grass (PV), entrevistado na edição desta segunda-feira do CB.Poder — programa do Correio em parceria com a TV Brasília, com apresentação da editora de Política local Ana Maria Campos.
No princípio, Grass celebrou a junta organizada pela tríade partidária, com PT (com Rosilene Corrêa pré-candidata ao Senado) e PCdoB (com Olgamir Amancia sendo vice do atual parlamentar na chapa que concorrerá ao Buriti). “É importante que qualquer composição política, hoje, tenha representatividade feminina. Essa tríplice conta com uma maioria de mulheres de experiência e com histórias de vida ligada a uma causa que também é a minha causa, que é a educação”, declara.
Internamente, o deputado ainda vê condições de se aliar a Rafael Parente (PSB), com quem teve dificuldades na negociação para uma chapa conjunta. “Nós não encerramos o diálogo com o PSB, que faz parte da nossa frente nacional e de nosso campo político. O que fizemos foi definir a nossa vice-governadoria, que nós tínhamos, sim, aberto ao PSB a possibilidade de indicá-la, mas por opção do próprio partido, neste momento, não foi possível. Ainda queremos uma composição com o PSB e com o Solidariedade, no sentido de ampliarmos essa coligação, e podermos ir fortes para a eleição”, destaca.
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Mesmo com a entrada do senador José Antônio Reguffe (União Brasil) na corrida ao Palácio do Buriti, próximo de Parente, Grass confia no plano montado. “Nenhuma das pré-candidaturas nos atrapalha. Temos um projeto bem definido. Conheço o DF e sei o que precisamos fazer. Tenho dialogado com empresários, trabalhadores, sindicatos. Eu sei onde a gente quer chegar. Sei o que estamos propondo. Nós temos aperfeiçoado o plano de governo todos os dias”, acentua.
Sobre o governador Ibaneis Rocha (MDB), o parlamentar diz que o Executivo representa o presidente Jair Bolsonaro (PL) na capital federal. “Ele se diz fã do Bolsonaro, esteve com ele em vários momentos e praticou, no DF, a mesma política que foi praticada em nível federal, ou seja, Bolsonaro replica em nível nacional o que Ibaneis também replica aqui no ponto de vista de um ataque à população. Quando o Brasil vai mal, o DF vai mal. Aqui é onde os problemas mais acontecem quando a gente passa por situações difíceis no país inteiro.”
Para o deputado, Ibaneis coloca a culpa dos problemas do Distrito Federal na pandemia. “Ele mente mais uma vez. A situação social do DF é responsabilidade dele, que implodiu a assistência social. A gente tinha complementação de renda para que as pessoas não morressem de fome. Ele pegou o DF Sem Miséria e fatiou no Cartão Prato Cheio, Cartão Vale Gás e DF Social. As pessoas têm que voltar ao CRAS de dois em dois meses para pegar o benefício de novo, chegam às 3h, com frio e fome, e não pegam a senha”, relata.
Veja a entrevista do pré-candidato ao governo do Distrito Federal na íntegra, no vídeo a seguir:
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