A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga como latrocínio (roubo seguido de morte) o assassinato da travesti Carmem Lúcia Alves de Souza, 53 anos. A mulher foi encontrada em cima de uma cama, com as mãos amarradas. As investigações apontam que a vítima morreu ao ser estrangulada com um lençol.
Amigas de Carmem notaram o desaparecimento da confeiteira na quarta-feira. As colegas ligaram por várias vezes para o telefone da mulher, mas sem sucesso, quando decidiram ir à casa dela, na Vila Nova, em São Sebastião. O portão estava trancado e o carro de Carmem, um Honda HRV, não estava na garagem. As mulheres tinham a chave do imóvel e conseguiram entrar na residência, sendo surpreendidas com uma cena de terror.
Carmem estava morta de bruços na cama, com as mãos amarradas para trás e com sinais de estrangulamento. Segundo a Polícia Civil, o criminoso teria usado um lençol para cometer o assassinato. O caso é investigado pela 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião). Ao Correio, o delegado-adjunto da unidade policial, Ulysses Luz, afirmou que, inicialmente, o caso é tratado como latrocínio (roubo seguido de morte). "Ainda estamos em fase inicial de investigação. Em breve, teremos uma resposta sobre o fato", afirmou.
Objetos encontrados
A polícia constatou que o carro e o celular da mulher foram levados. O aparelho telefônico foi localizado na manhã de quarta-feira em posse de um catador de latinhas da região. O homem encontrou o objeto dentro de um saco plástico, no lixo, e resolveu levar para a casa. À polícia, ele contou que esperava pela ligação de algum conhecido da mulher para devolver o objeto.
O carro foi abandonado no centro de São Sebastião. Tanto o veículo quanto o celular foram encaminhados à perícia para análise. Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso.