Com a chapa praticamente definida, a federação intitulada Brasil da Esperança, formada por PT- PV-PCdoB, apresentou formalmente os pré-candidatos majoritários no Distrito Federal, nessa terça-feira (21/6). Em primeiro mandato, o deputado distrital Leandro Grass (PV) concorrerá ao Governo do Distrito Federal (GDF). A diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) Rosilene Corrêa (PT) é a pré-candidata ao Senado.
Saiba Mais
Durante o anúncio, os presidentes dos partidos aliados, Jacy Afonso, do PT; Eduardo Brandão, do PV; e João Vicente Goulart, do PCdoB, apresentaram, ao lado dos pré-candidatos, pontos do plano para gestão. Com o objetivo de alcançar a participação social, a federação lançou uma plataforma digital de construção coletiva do programa de governo do Distrito Federal. Leandro Grass destacou que o objetivo é ouvir especialistas, servidores e quem vivencia, diariamente, os problemas das cidades.
O pré-candidato ao Palácio do Buriti afirmou que a gestão começará com o combate à pobreza. "Esse será o foco do primeiro ano de governo, com estabelecimento do nosso plano de renda mínima cidadã — desfeito pelo atual governo, que fatiou a assistência social em diversos programas, enquanto as pessoas continuam com fome", afirmou. "Outra etapa é a questão do emprego, que afeta, principalmente, as mulheres e os jovens do DF. Precisamos recuperar a pequena economia, o pequeno negócio, assim como a agricultura familiar, os assentamentos e os núcleos rurais, que não têm acesso a fomentos", completou.
Grass mencionou, ainda, a intenção de promover mudanças estruturais no Banco de Brasília (BRB), que deverá se tornar um banco para desenvolvimento da capital federal. "Ele se tornou apenas o banco do governador, que não cuida do povo nem dos nossos microempreendedores, responsáveis por mais de 70% dos empregos gerados no DF", criticou. O pré-candidato acrescentou que dará atenção à área da mobilidade: "Este governo não cumpriu uma decisão judicial — que era de refazer a licitação do transporte — e beneficia prioritariamente as empresas de ônibus. Precisamos reformular o sistema do DF".
Ao discursar, Rosilene Corrêa ressaltou a importância de levar mais representantes femininas aos cargos eletivos. "Mas não se trata apenas de (eleger) mais mulheres e, sim, de (escolher) mulheres que representem as lutas que precisamos ter na política. Precisamos de mandatos voltados para a democracia participativa e sustentados na educação. Nenhum país deu certo sem educação, e o que estamos vivenciando são cortes nas verbas (desse setor) e mais desigualdade", declarou.
Escolha de candidatos
Para dissipar qualquer dúvida, o presidente regional do PT, Jacy Afonso, destacou que a escolha de Leandro Grass e Rosilene Corrêa está sacramentada e que o momento é de ampliação da frente partidária. "Queremos um diálogo que nos una, e essa é nossa aliança", enfatizou. O presidente do PV, Eduardo Brandão, também revalidou os dois nomes: "Essa união dos partidos está trazendo novidades. (São) duas pessoas com histórias importantes e experiências acumuladas. Essa é a chapa da Federação da Esperança".
Agora, falta à federação definir o nome do vice ou da vice na corrida ao Palácio do Buriti. A preferência é por uma mulher, mas essa escolha dependerá do partido que se unir ao grupo político. As legendas têm conversado, principalmente, com o PSB, sigla que compõe a chapa nacional e tem o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como vice de Lula.
O PSB, no entanto, tem pré-candidato próprio ao governo, o ex-secretário de Educação do DF Rafael Parente. Ele, por sua vez, tem discutido uma possível aliança com o senador José Antônio Reguffe (União-DF), que deve anunciar pré-candidatura ao governo nos próximos dias.