A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) está investigando o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos (monkeypox) na capital do país. A informação foi dada pelo órgão, por meio de nota, na tarde de ontem. De acordo com a pasta, também está sendo investigado um caso de hepatite de "etiologia desconhecida". De acordo com a SES-DF, trata-se de uma criança, entre 5 e 9 anos. "(Ela) está em bom estado de saúde e realizando acompanhamento ambulatorial", destacou a nota.
Em relação ao caso suspeito de varíola dos macacos, o órgão de saúde do DF disse que o paciente é do sexo masculino e tem entre 20 e 29 anos. O Correio apurou que o jovem está em casa e se encontra bem. A nota divulgada pela SES-DF informou que os casos foram notificados para o Ministério da Saúde.
DF preparado
Ainda segundo o texto, a rede de saúde da capital está preparada para lidar com a monkeypox. "Assim que os primeiros casos foram registrados no Brasil, o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) do DF emitiu um alerta epidemiológico às unidades de atenção primária e hospitalares das redes pública e privada", frisou. A Secretaria encerrou o texto ressaltando que "segue atenta e monitorando os casos, até que saiam os resultados laboratoriais". No entanto, a SES-DF não soube informar quando deve sair o resultado do exame feito no paciente com suspeita ter contraído a varíola dos macacos.
Transmissão e sintomas
De acordo com o Ministério da Saúde, a varíola dos macacos é uma zoonose viral — transmitida a partir de animais — e tem sintomas muito semelhantes aos da varíola comum, porém, menos grave do ponto de vista clínico. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o período de incubação da doença é, geralmente, de seis a 13 dias, podendo variar de cinco a 21 dias.
Ainda de acordo com a OMS, a transmissão acontece com o contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados pelo vírus. O órgão de saúde também destaca que a transmissão de humano para humano está ocorrendo por meio do contato físico próximo com casos sintomáticos. Além disso, a organização diferencia os quadros de sintomas em casos suspeitos, prováveis e confirmados (veja o quadro). O surto de varíola dos macacos já foi confirmado em 16 países e ainda pode ser controlado, segundo a OMS. O órgão de saúde garantiu, em 24 de maio deste ano, que o risco de transmissão da doença é considerado baixo.