O evento social Graffiti Solidário, realizado na manhã e tarde deste sábado (18/6), reuniu 36 grafiteiros do DF e de outros estados e arrecadou 25 cestas básicas e roupas a pessoas em situação de rua. Coordenado pelo grafiteiro Bruno de Lima Rodrigues, 32, mais conhecido como Byako, o evento também contou com discotecagem de DJs e batalhas de rima da arte urbana.
"O que aconteceu aqui hoje é o real movimento hip hop, que contém os quatro elementos, e sem nenhuma ajuda da cultura ou verba do Estado, sendo totalmente independente e solidário buscando ajudar os vulneráveis da quebrada", afirma o artista, que desenhou o próprio nome no muro.
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Em 2000, Byako começou a grafitar no projeto "Picasso não pichava", mas voltou à ativa ao pintar durante a pandemia do covid-19, em 2020. "O grafite é a liberdade de expressão, com uma forma de protesto através da arte ou até mesmo vandalismo contra o sistema opressor (do Estado)", analisa.
Confira abaixo um vídeo em que Byako desenha o nome em uma parede da cidade.
Presença feminina
Uma das mulheres presentes no evento, a grafiteira Camila Rosendo, 24, conhecida pela abreviação Camz, na cena da arte urbana desde 2019. Ela acredita que a iniciativa, além de ser bonita, é "imensamente" necessária. "Sempre que posso faço doação de roupas e sapatos", afirma.
Ela, que levou três horas para desenhar uma mulher no muto da QNN 22, aposta que o graffiti traz criatividade, força e liberdade a quem repara na rua. "O graffiti também tem o poder de mudar lugares, perspectivas e ideias", opina a artista, nascida na região.
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