Crime

Influenciadora do DF denuncia pai por estupro durante infância

A primeira vez teria acontecido quando Rosa Cristina era criança, aos 8 anos. O relato foi publicado nas redes sociais na última quarta-feira (15/6) e viralizou

Foram anos até que a influenciadora Rosa Cristina tomasse coragem para denunciar os abusos sofridos durante a infância pelo pai. A primeira vez aconteceu quando era criança, aos 8 anos. O relato foi publicado nas redes sociais na última quarta-feira (15/6) e viralizou. Em postagem no Instagram, a influenciadora, residente do Distrito Federal, descreveu a primeira lembrança do suposto crime: enquanto os irmãos mais novos dormiam em um beliche, ao lado, Rosa descansava em seu quarto, dentro de casa, quando o suposto crime aconteceu.

Inicialmente, Rosa teria imaginado ser um ladrão, até que minutos depois, identificou o agressor sendo seu progenitor. Pai, na hora eu pensei em te gritar, no mínimo você mataria alguém que me tocasse… Só que eu vi essa pessoa levantar e ir até a cama dos meus irmãos, foi aí que eu enxerguei que o ladrão era o meu pai”, recorda. As visitas noturnas tornaram-se frequentes. “Viraram rotina se generalizando para vários agravantes”, cita.

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“Até que mudamos de casa, eu já tinha 10 anos. Foi quando levantei durante a madrugada e você estava deitado em um colchão, na sala e me chamou. Eu estava com medo, já que durante a minha infância meus irmãos e eu fomos agredidos brutalmente inúmeras vezes. Eu deitei, você beijou a minha boca e me tocou em todos os lugares possíveis”, recorda.

A jovem conta que o abuso aconteceu várias vezes, inclusive na cama em que o pai dormia com a mãe e com os irmãos deitados ao lado, debaixo do mesmo cobertor. De acordo com a influenciadora, à época, o pai era pastor de uma igreja do DF. “Quando eu fui sair de legging para a aula de educação física, você pediu para colocar uma saia abaixo do joelho porque estava marcando meu corpo e os homens iriam olhar e me desejar”.

Os abusos aconteceram durante anos, até a influenciadora completar 13 anos. Quando Rosa decidiu contar à família o que teria acontecido durante cinco anos, ninguém acreditou, além de uma tia. “Ele se ajoelhou na frente da minha avó e jurou que nunca teria me tocado. Que loucura né? Apanhei e fui obrigada a pedir perdão”. A influenciadora procurou a Polícia Civil para fazer a denúncia e, agora, aguarda para que a justiça seja feita. “Eu fui invadida, humilhada, suja, culpada e silenciada”, cita.

Reprodução/Redes Sociais - O relato foi publicado nas redes sociais na última quarta-feira (15/6) e viralizou. Em postagem no Instagram, a influenciadora, residente do Distrito Federal, descreveu a primeira lembrança do suposto crime: enquanto os irmãos mais novos dormiam em um beliche, ao lado, Rosa descansava em seu quarto, dentro de casa, quando o suposto crime aconteceu
Reprodução/Redes Sociais - O relato foi publicado nas redes sociais na última quarta-feira (15/6) e viralizou. Em postagem no Instagram, a influenciadora, residente do Distrito Federal, descreveu a primeira lembrança do suposto crime: enquanto os irmãos mais novos dormiam em um beliche, ao lado, Rosa descansava em seu quarto, dentro de casa, quando o suposto crime aconteceu
Reprodução/Redes Sociais - O relato foi publicado nas redes sociais na última quarta-feira (15/6) e viralizou. Em postagem no Instagram, a influenciadora, residente do Distrito Federal, descreveu a primeira lembrança do suposto crime: enquanto os irmãos mais novos dormiam em um beliche, ao lado, Rosa descansava em seu quarto, dentro de casa, quando o suposto crime aconteceu
Reprodução/Redes Sociais - O relato foi publicado nas redes sociais na última quarta-feira (15/6) e viralizou. Em postagem no Instagram, a influenciadora, residente do Distrito Federal, descreveu a primeira lembrança do suposto crime: enquanto os irmãos mais novos dormiam em um beliche, ao lado, Rosa descansava em seu quarto, dentro de casa, quando o suposto crime aconteceu

Denúncia

Em 29 de julho de 2021, Rosa foi à delegacia fazer a denúncia. À época, a influenciadora publicou uma sequência de stories dizendo que a mãe foi acreditar na filha apenas aos 18 anos. “Eu não sei se vão acreditar em mim, ou sei vou ser só mais um caso arquivado como outros. Mas o importante é a gente denunciar. Eu sempre me senti culpada, sempre imaginei que ele poderia fazer isso com outras pessoas”, diz.

O Correio chegou a procurar Rosa para entrevista. Mas até a publicação da reportagem, não houve resposta. A reportagem procurou, ainda, a Polícia Civil do DF e o Ministério Público do DF e Territórios para esclarecimento dos fatos e da investigação, mas ainda não houve resposta. Quanto ao pai de Rosa, o Correio não conseguiu contato, mas o espaço segue aberto para manifestação. 

Investigação

O processo chegou ao Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) em fevereiro de 2022. Em março, segundo o MPDFT, a denúncia foi oferecida e aceita. Agora, o trâmite respeita as fases processuais previstas em lei. Logo após os procedimentos, uma audiência será marcada no Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT). De acordo com o MPDFT, a vítima já recebeu atendimento e foi encaminhada para os serviços de apoio psicossocial pertinentes, recebeu orientação sobre o processo jurídico, as etapas processuais e as medidas protetivas de urgência.