Com o tema O Quadradinho, o Quadrinho e a Leitura… Sempre em Frente, em homenagem ao ilustrador e escritor Roger Mello, a 36ª edição da Feira do Livro de Brasília (FeLiB) começou ontem, no Complexo Cultural da República, na Esplanada dos Ministérios. O evento ocorre até 26 de junho, em formato híbrido (presencial e on-line), com classificação indicativa livre e entrada franca.
A expectativa da organização é receber mais de oito mil visitantes durante a feira. O evento oferece programações para todas as idades, com palestras, apresentações culturais e ações educativas. Além de Roger Mello, Antônio Miranda, fundador da Biblioteca Nacional; e Lázaro Ramos, ator, escritor e diretor serão os grandes homenageados desta edição. A feira, também, tem foco na sustentabilidade, e todo o lixo gerado no local será reciclado após o evento.
Na abertura, diversas autoridades do Governo do Distrito Federal (GDF) e de outras organizações marcaram presença. O secretário de turismo, William Almeida; a ex-secretária de turismo Vanessa Mendonça; o administrador do Instituto de Produção Socioeducativo e Cultural Brasileiro (IPCB), Jorge Luiz; da Câmara do Livro, Ivan Valério; o Superintendente do Iphan, Saulo Diniz e o representante da secretária de Educação, Nivaldo Félix.
Homenageados
Um dos homenageados do evento, Antônio Miranda — primeiro diretor da Biblioteca Nacional de Brasília — falou na aberturada. "Muito especial estar aqui agora, compartilhando com esses outros homenageados esse grande evento da cultura cidadã", garante.
O ilustrador e escritor Roger Melo também agradeceu a homenagem e enalteceu a realização da Feira. "Ainda há quem queira que o livro seja afastado das pessoas, mas ele tá aqui, ele é uma forma de resistência", pontuou.
Apoiador do evento, o Correio Braziliense tem um lounge onde serão lançados e apresentados livros de escritores como a jornalista Liana Sabo.
Ponto de encontro
Os amigos Luis Menezes, 27 anos, Andrezza Cardoso, 28, e Angélica Mota, 23, sempre marcam presença na feira. Para eles, a ideia de vir até o local garante uma experiência mais social para o processo de compra de livros. "Quando a gente vem na Feira, a gente pode apresentar um gênero novo para alguém", explica Luiz.
O jovem conta também que outro fator positivo é poder conversar com os autores. "Eu sou designer e conversei com o autor de um livro sobre a diagramação, ele assinou o livro, isso é impossível de acontecer quando se compra on-line", diz.
Angélica já tinha dado uma volta no grande espaço de tendas por entre o Museu e Biblioteca Nacional, e revelou que achou os preços mais baratos do que os outros anos e até mesmo das lojas on-line. Ela também acredita que o fato do evento estar ocorrendo na Esplanada dos Ministérios, próximo a Rodoviária do Plano Piloto, ajuda a trazer mais pessoas para prestigiar.
A professora Tina Porto, 43, veio prestigiar a Feira com os filhos Ana e Pedro, 13 e 9 anos, respectivamente. Ela conta que já vinha no evento antes mesmo de ter filhos, e agora a família toda marca presença — todos os anos. "Ajuda a incentivar a leitura e por eles serem filhos de professora ajuda mais ainda", brinca ela.
Marcelo Quirino, 36, trabalha como auxiliar administrativo da Paulus Editoria. Há dez anos eles têm um estande na Feira e, apesar da expectativa de venda não ser muito alta, por causa da pandemia, ele acredita que voltar a ter o evento presencialmente é muito importante. "Muito bom voltar com a Feira porque é um evento cultural que Brasília precisa", garante.