A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso de um homem que teria sido morto durante abordagem policial em Santa Maria. De acordo com relatos de testemunhas, Wendel Lima Sousa, 43 anos, foi deixado por homens da Polícia Militar de Goiás (PMGO) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Gama, onde morreu. O caso aconteceu em 25 de maio e é investigado pela 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria).
Segundo testemunhas, Wendel e outros dois homens teriam sido abordados por volta das 16h por uma equipe tática da PMGO. A vítima teria sido levada para uma mata junto com os outros interpelados. Por volta das 22h, familiares de Wendel receberam a notícia de que ele teria sido deixado no hospital por militares.
Ao Correio, um parente da vítima, que optou por não se identificar, recordou o caso e falou sobre as horas agoniantes sem ter notícias de Wendel. Ele registrou ocorrência contra os policiais envolvidos na abordagem, em Santa Maria. Em depoimento, contou que procurou o pai após receber uma ligação da mãe, dizendo que ele não havia retornado para casa. Após ser avisado por um conhecido, que reconheceu o corpo de Wendel na UPA, foi até o local e recebeu a informação de que o pai teria falecido por volta das 17h40. O filho afirmou, ainda, que fez o reconhecimento do corpo e viu diversas lesões na cabeça da vítima.
A 33ª instaurou inquérito policial para apurar o caso, que também foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Militar e ao Ministério Público do Estado de Goiás. De acordo com a delegada responsável, Cláudia Alcântara, testemunhas ainda estão sendo ouvidas. "Após ouvir os depoimentos, vamos relatar o inquérito e encaminhar ao Judiciário para ver se a investigação irá se manter no DF, ou se será transferida para Goiás", informa.
De acordo com a delegada, a família está aflita e consternada com toda a situação. "Estão todos revoltados e muito amedrontados. As testemunhas também estão com medo, por se tratar de uma ocorrência com policiais envolvidos", revelou.
O Correio procurou a assessoria da PMGO e, até fechamento desta edição, não houve resposta. O espaço segue aberto para posicionamento.