A Polícia Civil do Goiás (PCGO) deflagrou a Operação 4 Quarteirões, em que prendeu dois suspeitos de assassinar Wanderson Pereira Marcelo, 23 anos. O caso segue em investigação pelo Grupo de Investigação de Homicídios de Formosa e chamou atenção dos policiais pela brutalidade.
Segundo a investigação, os suspeitos começaram a perseguir a vítima por volta de 1h30 no Setor Nordeste da região. O nome da investigação se dá, justamente, devido ao jovem ter corrido por quatro quarteirões, até ser alcançado. Neste momento, começaram as agressões que culminaram em sua morte.
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O jovem foi encontrado sem vida próximo ao corredor de uma residência no Setor Dom Bosco, em Aparecida de Goiânia, no dia 17 de abril. O time de perícia encontrou Wanderson com múltiplos ferimentos pelo corpo. Além de um ferimento por disparo de arma de fogo no braço, a vítima foi golpeada 74 vezes com uma arma branca. A causa da morte, no entanto, se deu por golpes no crânio com uma pedra e com um capacete.
Mesmo com os ferimentos, Wanderson não morreu de imediato, agonizando por horas, até morrer em decorrência do traumatismo craniano gerado pelos golpes na cabeça. Os investigadores também identificaram, na cena do crime, um forte odor de urina. Há suspeita de que os autores do crime tenham urinado sobre a vítima, a fim de humilhá-la.
A prisão preventiva dos suspeitos foi feita pelo Grupo de Investigação de Homicídios de Formosa (GIH), com apoio do Grupo Especializado na Repressão de Narcóticos (Genarc). Eles foram conduzidos para a unidade prisional da PCGO, onde se encontram à disposição da Justiça. Um deles é ex-cunhado da vítima.
O crime é tratado como homicídio qualificado, o qual pode gerar pena de 12 a 30 anos de reclusão, segundo o Art. 121 do Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940, do Código Penal. Danilo Meneses, delegado responsável pelo caso, destacou a brutalidade do caso frente a outros apurados até então. “Por aqui vemos muita coisa estranha meu amigo. Mas esse é um dos mais brutais dos últimos tempos. Muito sofrimento foi infligido à vítima”.
*Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel