Armas, drogas e até rádios transmissores. Esses foram alguns dos itens apreendidos pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nas mãos de criminosos especializados em roubos de cargas. Na manhã desta quinta-feira (30/6), cinco homens foram presos no âmbito da operação Carga Pesada e um está foragido. Além disso, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Vicente Pires, no Recanto das Emas, no Novo Gama (GO), Valparaíso e em Luziânia (veja o vídeo abaixo).
Agindo com extrema violência, o grupo tinha o mesmo modus operandI. Diretor da Corpatri, o delegado André Leite explica que os criminosos restringiam a liberdade do motorista e colocavam a vítima em uma espécie de cativeiro, enquanto roubavam a carga e a transportavam para um outro veículo. “Eles sempre utilizavam armas de fogo. Parte desse grupo já foi preso em 2018 pela Corpatri praticando a mesma modalidade delituosa”, detalhou.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os policiais encontraram cinco armas de fogo, um simulacro de arma de fogo, cocaína, dois rádios transmissores, munições, dinheiro e balança de precisão em endereços ligados aos criminosos. Cinco pessoas foram presas e um permanece foragido. “Acreditamos que a captura dele é apenas uma questão de tempo”, frisou André Leite.
Começo das investigações
Em março deste ano, policiais da 19ª DP encontraram um cativeiro na região do Sol Nascente. Na ocasião, encontraram um motorista de caminhão que ficou encarcerado por cerca de 12 horas. Os policiais conseguiram recuperar a carga roubada de materiais de construção e chinelos, avaliada em R$ 300 mil.
Seis meses depois, um novo roubo semelhante e contra a mesma empresa. A partir do monitoramento, os policiais identificaram que o caminhão partia com a carga da Estrutural e seguiam o automóvel em dois carros de apoio. “Quando eles adentravam a BR-080, já saindo para Santo Antônio do Descoberto, anunciavam os assaltos, rendiam o motorista, assumiam a direção do caminhão e levavam o caminhão com o motorista e a carga para o cativeiro”, explicou Thiago Peralva, adjunto da 8ª DP.
Os investigados têm idades entre 23 e 43 anos e responderão pelos crimes de roubo e, em caso de condenação, podem pegar penas que ultrapassam os 10 anos de reclusão.
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