Emprego

Pesquisa aponta queda na taxa de desemprego do DF em um ano

De acordo com dados da Codeplan e Dieese, o índice caiu de 19,4% para 15,8%, entre maio de 2021 e 2022

Arthur de Souza
postado em 28/06/2022 10:10
Queda brusca se deu por conta de flexibilização da pandemia, segundo especialista. -  (crédito: Ascom/Codeplan)
Queda brusca se deu por conta de flexibilização da pandemia, segundo especialista. - (crédito: Ascom/Codeplan)

A taxa de desemprego na capital do país teve queda de quase 4%, em um ano. É o que mostra uma nova Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada na manhã desta terça-feira (27/6) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), em parceria com a Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

De acordo com os dados do levantamento, o índice caiu de 19,4% para 15,8%, entre maio de 2021 e 2022, no DF. Para a Codeplan, a queda na taxa de desempregados caiu por conta do aumento na quantidade de postos de trabalho, 64 mil a mais. Quantidade bastante superior ao acréscimo da População Economicamente Ativa (PEA) — 5 mil pessoas entraram no mercado de trabalho, segundo a pesquisa divulgada.

Em relação ao último mês, a taxa se manteve estável, com queda de 0,1%. Segundo a PED, no entanto, o único setor que mostrou aumento efetivo no números de ocupados foi o de trabalhadores do setor privado, sem carteira assinada, que subiu 1,1%.

Cenário otimista

Para o professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Alberto Ramos, o aumento no setor informal é reflexo da precarização do mercado de trabalho. Além disso, o especialista atribuiu a queda da taxa de desemprego à flexibilização da pandemia. “Em 2021, ainda estávamos enfrentando o auge. Agora, as pessoas estão saindo mais de casa, em busca de emprego e renda”, destacou.

Ramos também apontou que o resultado divulgado pela Codeplan mostra que o cenário do DF está muito melhor do que o nacional, destacando o aumento da renda dos 10% mais pobres. “Isso, em um cenário de inflação acelerada, é algo que pode ser considerado muito bom”, frisou o economista.

 

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