O juiz Idúlio Teixeira da Silva, do Tribunal do Júri do Paranoá, aceitou a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para que o homem que matou o ex-enteado, 16 anos, com um tiro na cabeça e feriu a ex-companheira, 41, em frente a um culto no Itapoã em fevereiro vá a júri popular, em uma data ainda não definida.
De acordo com a denúncia, o crime foi motivado pela insatisfação do autor, Geraldo Correa de Souza, 40, com o fato de a ex-companheira, Luciane Xavier, não o deixar visitar a filha, fruto do relacionamento de 12 anos. O homem é acusado de estupro praticado contra a própria sobrinha. No dia do crime, durante um culto religioso, Geraldo se aproximou de Luciane e passou a discutir com ela. Em seguida, sacou uma arma de fogo e efetuou disparos contra a ex-companheira.
Apesar de estar ferida, Luciane entrou em luta corporal com o acusado que segurou os cabelos dela e a arrastou para fora da residência onde ocorria o culto. Ainda de acordo com as testemunhas, o filho mais velho de Luciane, ao ver a mãe sendo agredida, correu para fora da casa para tentar proteger a genitora, mas acabou sendo atingido com um tiro no olho. Ele morreu na hora.
Luciene, à época, foi encaminhada ao Hospital Regional de Paranoá (HRPA). O autor dos disparos fugiu do local, mas acabou sendo capturado por policiais do 20º Batalhão, na altura da DF-250. De acordo com o delegado-chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), Ricardo Viana, à época responsável pelo caso, detalhou ao Correio que Geraldo já tinha várias passagens por roubo, furto e estupro.
A outra filha de Luciene relatou aos policiais que realizou um boletim de ocorrência em 12 de janeiro de 2022, logo após o acusado afirmar que “iria matar todos da família”. Ainda na ficha do assassino, há uma outra ocorrência de ameaça, de 2021, agora contra Pedro.
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Justiça
Ao analisar o caso, o juiz ouviu todas as partes, como testemunhas do caso, além do próprio acusado do crime. Ao se defender do processo, Geraldo afirma ter sacado a arma de fogo dentro do culto com o objetivo de “assustar” a ex-companheira. O magistrado decidiu aceitar todas as qualificatórias apresentadas na denúncia que, somadas, podem acarretar em pena de 12 a 30 anos em cada um dos casos. A decisão é desta sexta-feira (24/6).
*Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel
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