Crime

Pai que disparou acidentalmente contra filho é indiciado

Homem disparou um tiro de espingarda calibre 12 no peito do filho, por acidente. Ele deve ser acusado de homicídio culposo, quando não há intenção de matar

Ana Maria Pol
postado em 23/06/2022 16:06 / atualizado em 23/06/2022 16:06
Após o acidente, o homem tentou se matar e escreveu uma carta explicando o ocorrido -  (crédito: Reprodução/Redes Sociais )
Após o acidente, o homem tentou se matar e escreveu uma carta explicando o ocorrido - (crédito: Reprodução/Redes Sociais )

Após matar o filho de 11 anos com um disparo acidental de arma, o homem deve ser acusado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. De acordo com a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), o inquérito do caso foi concluído nesta quarta-feira (22/6) e o pai da criança foi indiciado.

De acordo com as investigações, Eliseu estava em casa quando sofreu o disparo de uma espingarda, calibre 12, no peito. O caso aconteceu em 27 de maio, em Formosa (GO), e a criança, que não resistiu aos ferimentos, foi atingida no tórax e morreu em função de traumatismo cardíaco.

Segundo o delegado Danilo Meneses, o pai da vítima estaria vendendo um revólver calibre .22 e estava mostrando a arma para uma pessoa interessada no objeto. Em determinado momento, ele optou por pegar outra arma que, na ocasião, estava carregada e destravada. Nesse momento, a arma disparou acidentalmente e atingiu a criança, que estava a cerca de um metro de distância do pai.

Desesperado após atingir o filho, o homem levou o menino para a mãe, que tomava banho no momento do episódio. Segundo relatos de testemunhas, o pai da vítima chegou a tentar tirar a própria vida e deu um tiro no rosto. Ao ser socorrido, o homem fez uma carta, dentro da viatura do Samu, dizendo que o fato foi um acidente e pediu desculpas pelo ocorrido. Apesar do extenso dano estético e do prejuízo para a fala, ele sobreviveu.

Homicídio culposo

As investigações apontaram que o disparo não foi intencional, mas que o pai desobedeceu várias normas de cuidado, razão pela qual será responsabilizado por homicídio culposo. Danilo Meneses esclarece que muitos boatos foram divulgados na época do acidente. “Como forma de combater as falsas notícias, a Polícia Civil informa que o pai da vítima trabalhava com manutenção de pivôs, não era armeiro, era atirador esportivo (CAC) e todas as suas armas estavam devidamente legalizadas”, pontua.

 

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