Olhe para cima! Essa foi a recomendação para a noite de ontem, quando houve o fenômeno da superlua, que proporciona uma visualização do satélite 14% maior e 30% mais brilhante que da lua cheia comum.
Devido ao tempo seco e frio e a condições atmosféricas específicas desta época do ano, os astros podem ser vistos em tons avermelhados — o que deixa o fenômeno ainda mais especial.
Membro do Clube de Astronomia de Brasília (CAsB), Maciel Sparrenberger explica que o fenômeno nada mais é do que uma lua cheia normal. A diferença no tamanho ocorre por causa da órbita do satélite natural. "O perigeu, quando a lua está mais perto da Terra, aproximadamente 362 mil quilômetros, coincidiu com a fase cheia dela", comenta. Segundo Sparrenberger, a superlua pôde ser vista de todas as regiões do Distrito Federal.
Mais perto
O físico e astrônomo Renato Las Casas destaca que a órbita da lua não é perfeita. "Isso faz com que, em determinados momentos, a lua se aproxime do nosso planeta e em outros se afaste. É o que aconteceu na noite de ontem: a lua estava mais próxima do nosso planeta", afirma o cientista.
O acontecimento se estendeu até a madrugada de hoje. Os melhores horários para observar o fenômeno foram durante o nascimento da lua, no horizonte leste, e no fim da madrugada, quando ela se escondeu no horizonte oeste, segundo Las Casas. "Em todo caso, quando vemos a lua perto da linha do horizonte, o nosso cérebro nos prega uma peça, em que temos a impressão que ela é maior do que quando está no céu", comenta.
*Estagiária sob a supervisão
de Mariana Niederauer
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