Falsificação

Homem é preso com atestados médicos falsos em Santa Maria

Homem vendia atestados médicos falsos há três anos. Polícia Civil, agora, procura os trabalhadores que teriam comprado os documentos

Correio Braziliense
postado em 13/06/2022 06:42 / atualizado em 13/06/2022 06:42
 (crédito: PCDF/ Divulgação)
(crédito: PCDF/ Divulgação)

Um homem foi preso, na tarde de sexta-feira (10/6), por liderar, há 3 anos, um esquema de venda de atestados médicos falsos. Segundo investigações da Polícia Civil do DF (PCDF), os documentos falsificados eram entregues na casa dos compradores. O caso está sob a responsabilidade da 9ª DP (Lago Norte).

A investigação começou quando um médico legista da própria PCDF notou que estava sendo vítima dessas falsificações e procurou a polícia. Atestados médicos com assinatura e carimbo falsos com o nome dele estariam sendo apresentados em várias empresas do DF. A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), que é a causa do afastamento do trabalhador, também vinha com números inconsistentes e sem correspondência com os exames apresentados. Uma radiografia em que não havia fraturas apresentava CID de fratura, por exemplo. Com essas diferenças, as empresas procurava o Conselho Regional de Medicina e questionavam os laudos supostamente assinados pelo legista.

Segundo a PCDF, o homem mora em Santa Maria e desviava os talonários de atestado médico de um conhecido que trabalha em um hospital. Depois de pesquisar os dados de um médico na internet, o homem comprou um carimbo e passou a vender os atestados falsos. Ele foi preso em flagrante, quando fazia a entrega de um documento falso num condomínio do CA do Lago Norte em frente ao Shopping Iguatemi. Foi encontrado com ele um atestado preenchido com os dados da pessoa para quem a entrega iria ser feita.

Na casa do homem, foram encontrados cerca de 80 atestados já carimbados e assinados. A encomenda dos atestados era feita via WhatsApp e custava R$ 50, mais a taxa de entrega. O pagamento podia ser feito via PIX ou cartão. Com a apreensão do celular do criminoso, as conversas via WhatsApp serão analisadas e a PCDF poderá identificar as pessoas compraram esses atestados.

A apresentação do atestado médico falso, segundo a PCDF, pode levar à demissão por justa-causa do trabalhador, além de ser crime de uso de documento falso, cuja pena vai de 2 a 6 anos. O homem será responsabilizado por múltiplas falsificações de documento público. Para cada falsificação identificada, ele pode ser condenado a de 2 a 6 anos de prisão.

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