Crime da 113 Sul

Justiça adia análise de anulação da condenação de Adriana Villela

Adriana Villela foi condenada em 2019 pelo assassinato dos pais e da empregada da casa. Crime ocorreu em 2009

Cecília Sóter
postado em 08/06/2022 18:06 / atualizado em 08/06/2022 18:19
Julgamento durou 10 dias -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
Julgamento durou 10 dias - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O julgamento do pedido de anulação do Tribunal do Júri que condenou Adriana Villela a 67 anos de prisão pelo caso que ficou conhecido como "o crime da 113 Sul" foi adiado para 23 de junho. A Primeira Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) faria a análise do caso nesta quinta-feira (9/6).

Adriana foi condenada por triplo assassinado qualificado com motivo torpe, com crueldade e impossibilidade de defesa e por furto qualificado, em 2019. De acordo com a condenação, em 2009, a arquiteta matou o pai, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela; a mãe, Maria Carvalho Villela; e a empregada da família, Francisca Nascimento Silva, no apartamento em que eles moravam na 113 Sul. O julgamento foi o mais longo da história do DF, durou 10 dias e teve mais de 100 horas de sessão.

Agora, a defesa de Adriana alega que, no julgamento, houve cerceamento da defesa por eles terem sido impedidos de acessar mídias com depoimentos dos réus confessos do crime. Adriana nega que tenha tido participação nos assassinatos. Além disso, eles afirmam que antes do julgamento, uma das juradas se manifestou pelas redes sociais com críticas a um dos advogados de Adriana e teria mentido quando questionada sobre isso pelo juiz. A defesa alega que não há evidência do envolvimento de Adriana no crime, destacado que durante o processo houve relatos de torturas dos réus e outras irregularidades.

O crime

Os corpos das três vítimas foram encontrados em decomposição em 31 de agosto de 2009. De acordo com a investigação, elas foram assassinados em 28 de agosto, a facadas.

Cerca de um ano após o crime, Adriana Villela e o porteiro do prédio Leonardo Campos Alves foram presos. Leonardo chegou a assumir os assassinatos. Ele apontou que teve ajuda de um sobrinho e de uma outra pessoa. Os dois suspeitos confessaram participação, mas, depois voltaram atrás, e disseram que só confessaram por terem sido torturados por 24 horas. Mesmo assim, os três foram condenados. A soma da pena deles chega a 177 anos de prisão.

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