Um policial civil sofreu uma parada cardíaca após se afogar durante um treinamento da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O agente Péricles Mendonça de Rezende Júnior, 37 anos, participava da quinta edição do Curso de Operações Táticas Especiais (Cote) da PCDF, na tarde do último domingo, quando submergiu e precisou ser socorrido. Ele foi levado a um hospital particular da Asa Norte, passou por ressuscitação e foi internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde segue sem previsão de alta, mas estável, segundo familiares.
Ao Correio, o Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) informou que instaurou uma investigação para apurar os fatos relatados. A PCDF foi procurada pela reportagem para esclarecer o caso, mas não se pronunciou até o fechamento desta edição.
No momento do acidente, o agente da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) fazia teste de flutuação em uma piscina do Complexo Aquático Cláudio Coutinho, na área central de Brasília. O exercício teria sido acompanhado por supervisores e pelos demais alunos que buscam uma vaga na Divisão de Operações Especiais (DOE). Para participar do curso promovido pela DOE, os candidatos apresentam atestado médico, exames e laudos que os autorizam a realizar o treinamento, e passam por um teste de aptidão física.
Depois do acidente, um boletim de ocorrência foi registrado pelo diretor da DOE, delegado Edson Medina, na 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), na segunda-feira. De acordo com o registro, o curso preparatório teve inicio em 10 de maio e todas regras de segurança exigidas estavam presentes no momento em que o agente se afogou. Havia, no local, uma equipe composta por três mergulhadores com cilindro para segurança subaquática, ambulância e acompanhamento de um médico da PCDF.
Segundo o documento, havia um plano de evacuação em caso de acidente. "Ministrava a instrução, profissionais devidamente capacitados, além de todo apoio de outros instrutores, de modo que havia cerca de um instrutor para cada aluno", diz o texto. A ocorrência também informa que o treinamento em questão foi feito em todas as edições anteriores do curso, sem qualquer intercorrência. O texto informa ainda que, assim que apresentou sintomas de estar "passando mal" e "perda de controle", o aluno foi imediatamente retirado da piscina e socorrido pelo médico da corporação.
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