VIOLÊNCIA

Polícia não descarta hipótese de feminicídio em caso de jovem morta em córrego

O suspeito do crime, um pedreiro de 40 anos, foi preso por homicídio na última sexta-feira (3/6). Corpo de Viviane Silva, 19, foi enterrado neste sábado (4/6)

Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 04/06/2022 15:21 / atualizado em 04/06/2022 15:32
 (crédito:  Arquivo Pessoal)
(crédito: Arquivo Pessoal)

A hipótese de feminicídio na morte de Viviane Silva, 19 anos, não está descartada por investigadores da 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas). O suspeito do crime, um pedreiro de 40 anos, está preso desde sexta-feira (3/6) por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e pela impossibilidade de defesa da vítima. A jovem foi assassinada na última quarta-feira (1º), mas o corpo só foi localizado na quinta-feira (2), em um córrego situado na região de Água Quente, no Recanto das Emas.

De acordo com o delegado Pablo Aguiar, chefe da 27ªDP, o suspeito e a vítima já se conheciam, mas saíram pela primeira vez sozinhos na quarta-feira, para um bar em Santo Antônio do Descoberto (GO). A vítima chegou a postar uma foto com o pedreiro bebendo. "Em depoimento, o autor disse que eles chegaram a se beijar, mas que tudo teria sido com consentimento. Depois, ele alegou que teria levado Viviane para um parque de diversões da área, deixando-a em companhia de um casal e um rapaz. Mas, ao pedirmos as características dessas pessoas, ele não soube informar".

Com as contradições apresentadas à investigação, o pedreiro acabou preso e não demonstrou remorso. "Testemunhas negaram a versão apresentada pelo autor, e informaram que a jovem esteve o tempo todo em companhia dele no parque de diversões", explica o delegado.

O corpo de Viviane foi localizado seminu no córrego. Laudo preliminar da perícia indica que a jovem morreu por afogamento e sofreu uma lesão craniana. Policias encontraram o celular da vítima nas proximidades, em uma área de mata. Todas as mensagens trocadas entre a jovem e o pedreiro foram apagadas.

"Como o autor não confessou o crime, ainda não temos a motivação definida. Só poderemos defini-la por meio do depoimento dele ou com a recuperação da conversa entre a vítima e o autor", acrescenta Pablo Aguiar.

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