Um homem suspeito de se passar por subsecretário do DF Legal foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na manhã desta sexta-feira (3/6). Segundo as investigações, ele fingia ocupar o cargo para obter vantagens com grileiros de terras. A Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em domicílio.
A polícia apurou que o investigado, utilizando de uma falsa identidade, participava de reuniões com agentes políticos e com servidores públicos para tentar interferir, principalmente, em ações de combate à ocupação irregular de terras. De acordo com a investigação, o suspeito não agia sozinho. Ele teria três comparsas, aparentemente grileiros de terras, para impedir a atuação do Estado sobre as grilagens em terrenos feitas por eles.
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O falso subsecretário tentava, frequentemente, impedir demolições e desocupações em terrenos invadidos. O investigado também fingiu ser, em algumas ocasiões, subsecretário da Casa Civil do DF. Ele se aproveitava de qualquer uma das duas falsas identidades e entrava gratuitamente em casas noturnas, além de consumir bebidas nos locais.
“Durante a investigação, vários empresários de casas noturnas do DF foram ouvidos e confirmaram que o investigado, que fingia se chamar Jean e ser servidor público do DF legal, ingressava nas casas noturnas sem pagar nada sob o argumento de que poderia ajudá-los em eventuais fiscalizações do DF Legal”, destacou o delegado do caso, Waldemar Tassara.
Os mandados de busca e apreensão foram feitos na casa do investigado e dos três comparsas para buscar mais provas e elementos para a investigação do caso, que ainda está em curso. A polícia ressalta que, até o momento da publicação desta matéria, não há indicativo da participação de servidores públicos ou agentes políticos nos crimes em apuração.
“Vários documentos foram apreendidos e aparelhos celulares que poderão demonstrar com mais clareza a atuação desses indivíduos se passando como servidor público e a atuação deles na grilagem e ocupação irregular de terras”, ressaltou o delegado.
A ação policial foi denominada Operação Ambrósio, fazendo referência ao personagem enganador da peça O Noviço, de Martins Pena. Ao final das investigações, os suspeitos podem responder pelos crimes de tráfico de influência, de fingir-se funcionário público, falsidade documental, esbulho possessório, loteamento irregular de terras, estelionato e associação criminosa.
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