O Distrito Federal registrou queda no desemprego, segundo dados publicados na Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese). A taxa de desemprego total saiu de 19,6% para 15,9% entre abril de 2021 e de 2022. Segundo a pesquisa, em abril deste ano, havia 262 mil pessoas desempregadas, 20 mil a menos que o constatado em março.
Comparando março e abril deste ano, a Codeplan também registrou queda no índice de desemprego, que foi de 17% para 15,9%. Essa taxa no DF não ficava abaixo de 16% desde janeiro de 2016, quando o índice registrado foi também de 15,9%.
Segundo a pesquisa, o setor que mais abriu postos de trabalho foi o da administração pública. No DF, houve um aumento de 3%. Isso quer dizer que foram criadas mais nove mil vagas de emprego nesse segmento. São, no total, 310 mil em abril, contra 301 mil em março.
Por outro lado, o segmento que mais contratou foi o da saúde. Provavelmente, em virtude da pandemia, uma vez que, segundo a Companhia, o governo precisou reforçar os quadros da pasta para enfrentar a doença. De acordo com a Codeplan, os contratos não foram apenas entre médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem: a quantidade de brigadistas também foi impactada positivamente.
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Setores
O setor público tem um grande impacto na geração de empregos, uma vez que proporcionou mais de seis mil vagas em abril deste ano. A pesquisa Codeplan-Dieese registrou que a queda do desemprego refletiu a retração da taxa de desemprego aberto, que passou de 14,9% para 13,8%, já que permaneceu estável da taxa de desemprego oculto, em 2,1%.
Desemprego aberto é aquele que o indivíduo procurou emprego nos últimos 30 dias antecedentes à pesquisa, e desemprego oculto é quando uma pessoa exerce algum tipo de trabalho remunerado mas segue procurando emprego nos últimos 30 dias antecendentes à entrevista da pesquisa.
Outros setores que também puxaram a taxa de desemprego para baixo foram o do comércio e de reparação. O nível de ocupação teve pequeno aumento (0,6%) e o contingente de ocupados foi estimado em 1.386 mil pessoas.
Um dos setores que mais cresceram em março, mas acabou interrompendo o crescimento em abril de 2022, foi o da construção (-1,4%, ou -1 mil).
“Temos uma economia no DF em que o 95% é do setor de serviços. Tem um peso importante. A gente agora vai estudar as demandas desse segmento, que é o mapa da capacitação. A partir disso, os gestores, os empresários de um modo geral vão poder ofertar e dar mais condições de empregabilidade para a população”, diz o presidente da Codeplan, Jean Lima.