A Justiça do Distrito Federal determinou a internação compulsória da mulher em situação de rua acusada de tentar sequestrar uma criança de 1 ano e 5 meses. O crime ocorreu na manhã desta quarta-feira (25/5), em um parquinho infantil da 310 Sul.
A decisão foi proferida nesta quinta-feira (26/5) durante audiência de custódia. Para justificar a internação, o juiz reuniu relatórios do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), que sugeriram tal medida.
Maria Zilda Pinto Alves, 49 anos, foi presa poucas horas depois do crime por policiais civis da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). Com as imagens do circuito interno de segurança de um prédio, os investigadores conseguiram identificar a mulher e a encontraram perambulando por uma rua do Núcleo Bandeirante.
O caso
Zilda é acusada de tentar sequestrar uma criança em um parquinho infantil. Por volta das 9h, a menina desceu na companhia da babá. De acordo com testemunhas, a mulher entrou no parque, sentou na gangorra e estendeu um pano no chão. Mãe da criança, a pedagoga Ana Márcia Rabelo, 39, contou que a suspeita chegou a estender os braços e a chamar pela criança: "Vem com a tia".
No momento em que a criança foi ao encontro da suspeita, ela a segurou. “Nessa hora, a babá só pensou em salvar a minha filha. Ela me contou que não estava se importando com as agressões, mas em tirar a bebê dos braços dela”, detalhou a mãe.
Vitória Ferreira, 49, uma outra babá que estava no local, presenciou a cena e ouviu os gritos de socorro. “Ela (babá) veio correndo com a criança para o outro parquinho. E a mulher veio atrás. Foi quando eu falei que ela não iria entrar, senão eu iria acionar a polícia.”
No momento da prisão, a moradora de rua partiu para cima dos policiais e chegou a arranhar uma agente. A servidora passou por exame de corpo delito no Instituto de Medicina Legal (IML). A moradora de rua foi indiciada pelo crime de tentativa de sequestro qualificada e pode pegar de 2 a 5 anos de prisão.