Estão sendo julgados, nesta quinta-feira (26/5), o traficante Helio Alves, mais conhecido como Helinho, e outros três homens acusados de executar a tiros Rafael Wanderson Otaviano, integrante da facção Comboio do Cão, morto em 28 de abril de 2016 no estacionamento do Fórum de Justiça de Santa Maria enquanto aguardava para participar de uma sessão de júri.
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O julgamento começou na manhã desta quarta-feira (25/5), no Tribunal do Júri de Brasília, e deve terminar nesta quinta (26/5). Um forte aparato das forças de segurança do DF se posicionou em frente ao tribunal para escolta e segurança, pois há riscos de fatos semelhantes ocorrerem nas sessões de julgamento, colocando os frequentadores do fórum, inclusive testemunhas, autoridades e servidores, em situação de vulnerabilidade.
Integrante de uma gangue do Gama, Helinho era aliado de Fabiano Soares, o Pepita, que foi assassinado em 2014. Com a morte de Fabiano, Helinho assumiu a liderança do bando e se uniu à viúva de Pepita para cometer crimes de tráfico de drogas e homicídios. Em uma guerra interminável com os integrantes do Comboio do Cão, Helinho também acabou vítima de uma tentativa de homicídio em dezembro de 2018.
Em uma outra ocasião, em fevereiro de 2014, Helinho organizou um grupo para ir ao Centro de Progressão Penitenciária (CPP) para matar Rafael Abelha, do Comboio. No entanto, ao chegarem no local, Abelha estava escoltado por Wilinha e Fabiano, os dois chefes da organização criminosa.
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Execução no fórum
Em abril de 2016, Helinho assassinou Rafael Otaviano como uma forma de vingança ao Comboio do Cão. A vítima chegou ao Fórum pela manhã, por volta das 8h, estacionou o carro, quando foi surpreendida por três homens identificados como Maiquinho, Guin e Maicon Douglas, que estavam dentro de outro veículo.
O grupo disparou tiros contra o carro de Rafael até o momento em que a PM chegou ao local. Houve troca de tiros entre os criminosos e os militares. Rafael morreu no local.