Uma operação do Procon-DF e da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desencadeada nesta terça-feira (24/5) resultou na interdição de duas unidades de uma loja de revenda e manutenção de pneus localizadas nas Asas Sul e Norte. As investigações começaram após uma análise de inúmeras ocorrências registradas por vítimas que pagaram a mais por serviços “extras” desnecessários. De acordo com o Procon, a empresa acumula 26 reclamações protocoladas.
A diretora-geral substituta do Procon, Vanessa Pereira, explica que, em regra, os clientes chegam à loja para fazer um serviço, como, por exemplo, trocar pneus. Na ocasião, o estabelecimento oferecia uma série de outros serviços alegando que os veículos estavam com ‘n’ problemas, cobrando valores para manutenções que os carros dos consumidores não precisavam. “Na maioria das vezes, eles não realizavam esses serviços extras que foram cobrados, até porque os veículos sequer tinham, de fato, os problemas apontados. Encontramos ordem de serviço no valor de R$ 20 mil para um Celta, praticamente o valor do automóvel”, detalhou.
Durante a operação, os fiscais do Procon encontraram vários veículos para manutenção sem qualquer orçamento ou ordem de serviço. Também não existia tabela de preço única para os consumidores. O Procon identificou, verificando as notas fiscais, que as lojas aplicavam preços diferentes para o mesmo tipo de serviço para cada cliente, de acordo com o perfil.
Reclamações
Segundo o Procon, entre as queixas dos consumidores estão a venda casada de produtos e serviços; a negativa de prestação de serviços sem justificativa; a realização de serviços sem solicitação prévia; a indução de consumidores ao erro se prevalecendo da vulnerabilidade de idosos; a exigência de valores abusivos por serviços prestados sem orçamento prévio e sem autorização expressa dos consumidores; publicidade enganosa, entre outros.
Com a decisão do Procon, as lojas estão com as atividades interditadas por tempo indeterminado. A empresa tem direito a apresentar defesa, sem efeito suspensivo da interdição, em até 10 dias a partir desta terça (24/5). A reportagem tenta localizar a defesa do estabelecimento. O espaço permanece aberto para manifestações.
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