Nesta quinta-feira (19/5) é celebrado o Dia Mundial de Doação de Leite Humano. A data existe para lembrar da importância deste ato tão empático e necessário. Entre janeiro de 2000 e abril deste ano, só a Rede de Postos de Coleta de Leite Humano (BLH-DF) atendeu 306 mil crianças. De acordo com a instituição, foram 521 mil visitas familiares e 127 mil doadoras. Segundo o Ministério da Saúde, em 2021 houve um aumento de 7% no volume de doações em comparação com 2020. Mas a meta da pasta é que este ano, a campanha, lançada hoje, consiga aumentar as doações em 5%.
O leite doado atende a recém-nascidos internados nas unidades neonatais do país e tem como intuito a redução da mortalidade infantil e a melhoria da qualidade de vida da população. Segundo o Ministério da Saúde, dependendo do peso e condições de saúde do bebê, ele pode precisar de apenas 1 ml a cada refeição. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a amamentação pode reduzir em até 13% a mortalidade em crianças menores de cinco anos.
O Brasil tem a maior rede de bancos de leite humano do mundo. São 217 postos de coleta em todos os estados. E o DF tem destaque. Aqui foi o primeiro lugar do mundo a se tornar autossuficiente em leite materno. Os dez bancos de leite humano da rede pública de saúde do DF têm classificação de Padrão Ouro pelo Programa Internacional Ibero-Americano de Bancos de Leite Humano.
Todo o leite doado passa por processo de análise, pasteurização e controle de qualidade antes de ser distribuído.
Nesta quarta-feira (18/5), a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4768/19, do deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), que institui a Política Nacional de Promoção, Proteção e Apoio ao Aleitamento Materno. O projeto prevê que o aleitamento materno siga o padrão estabelecido pelas normas regulamentadoras e que a política tenha como objetivos:
- assegurar o direito da mãe e da criança ao aleitamento materno nos padrões estabelecidos pelas autoridades sanitárias;
- promover a conscientização da sociedade sobre o tema;
- estimular a implementação de medidas que facilitem o aleitamento materno em ambientes trabalho, lazer e transporte, unidades hospitalares, educacionais e prisionais, entre outros;
- estimular a doação de leite materno e a expansão da rede de bancos de leite humano;
- estimular a realização de estudos, pesquisas e eventos sobre aleitamento materno; e
- estabelecer a base para a adoção de hábitos de alimentação saudável.
Saiba como doar
Toda mulher em boas condições de saúde, com excesso de leite materno pode doar. Para isso, a doadora precisa fazer um cadastro no Disque Saúde 160, opção 4, pelo site Amamenta Brasília ou pelo aplicativo disponível em IOS e Play Store.
A coleta pode ser feita em casa ou nas unidades de Banco de Leite do DF. Após a retirada do leite, ele deve ser guardado em um pote de vidro e guardado no congelador por até 10 dias. O Banco de Leite do DF também realiza coleta no Entorno.
A técnica de coleta pode ser vista neste vídeo: